Fórum Powershoring debate neoindustrialização com base em energia

Para tratar de energia, o evento também vai contar com um time de peso de especialistas do Banco Mundial, do iCS, do IFC, Fiepe, Sudene, BNB e BNDES
energia renovável
Imagem de Maria Maltseva por Pixabay

Considerado uma grande janela de oportunidades para atração de investimentos estrangeiros que oferecem energias alternativas e limpas, o Powershoring, termo que se refere à instalação de indústrias em locais com alto potencial de energias renováveis, como eólica, solar e biomassa, será tema de fórum no Recife.

Organizando pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco o Fórum Powershoring: Transição Energética e Neoindustrialização de Pernambuco acontece na terça-feira (23), no cinema do Porto Digital, Bairro do Recife, a partir das 8h30. O evento é uma parceria com o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe – CAF; a International Finance Corporation – IFC; e o Instituto Clima e Sociedade – iCS.

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Países como o Brasil, que contam com fontes renováveis disponíveis com grande potencial, como energia eólica, solar e biomassa, tem capacidade de contribuir com a descentralização das cadeias globais de valor a partir da produção de energia limpas.

Visto como estratégia-chave para a neoindustrialização, com foco em energias renováveis, hidrogênio verde, biocombustíveis e novas tecnologias, o Powershoring combina combinando respeito e proteção ao meio ambiente com desenvolvimento econômico.

O potencial do Nordeste, e especialmente de Pernambuco, serão tratados no evento. O encontro visa estimular o diálogo para a construção de planos de ação para a efetivação de investimentos verdes no estado.

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Guilherme Cavalcanti reforça confiança do Governo de Pernambuco na conclusão da Refinaria Abreu e Lima
Secretário de Desenvolvimento Econômico reforça Pernambuco como destino de investimentos em Powershoring/Foto: divulgação Secom-PE

“Pernambuco por sua disponibilidade de fontes energéticas renováveis abundantes e complementares e de infraestrutura industrial e portuária já existentes, pode liderar a atração de investimentos em Powershoring e toda a agenda de neoindustrialização do país”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti.

A proximidade com centros de produção e de consumo nacionais e internacionais é outra vantagem da região. O Fórum vai reunir especialistas no tema e representantes dos setores público e privado, de organizações da sociedade civil e investidores e poderá ser acompanhado online.
O objetivo do Fórum é debater e delinear caminhos para a materialização e aceleração de investimentos em atividades produtivas e empresariais de baixo carbono em Pernambuco. Essas atividades devem estar alinhadas com a agenda de transição energética justa e de recomposição do tecido industrial nacional, objetivando uma maior competitividade do país nas cadeias de valor nacional e global.

Energia e Powershoring

Serão abordados nos painéis temas como Powershoring e as oportunidades para o comércio local; Potencialidades do Estado; e Políticas Públicas e Financiamento. Entre os palestrantes, estão o vice-presidente para setor privado no Banco de Desenvolvimento da América Latina – CAF, Jorge Abarche; a diretora executiva do iCS – Instituto Clima e Sociedade, Maria Netto Schneider; e o executivo responsável por operações da IFC no Brasil, Diogo Bardal.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e os secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico e da pasta do Meio Ambiente, Guilherme Cavalcanti e Ana Luiza Ferreira, respectivamente, também farão apresentações no evento.

“O iCS está comprometido a impulsionar um modelo econômico para o Brasil que desenvolva seu potencial de geração de energias renováveis como a solar e eólica, associando esse potencial à atração de investimentos e desenvolvimento de indústrias verdes e cadeias de valor que apoiem o desenvolvimento local e inclusão social (powershoring) ”, destaca Maria Schneider.

Ela acrescenta que o Brasil, e em particular o Nordeste, possui um dos maiores potenciais no mundo de expandir a matriz elétrica limpa. “Oferecer custos de produção de energia atrativos é necessário para escalar investimentos para a descarbonização da indústria e atrair novas indústrias verdes, com potencial de gerar emprego e renda, diversificar a produção local, gerar exportações, favorecer cadeias locais de valor e inserir o Brasil em cadeias globais de produção”, completa.

“Nos últimos dois anos, metade dos investimentos próprios da IFC no Brasil foram alocados para projetos relacionados ao clima e continuaremos com um foco estratégico de impulsionar e mobilizar financiamentos climáticos”, afirma Diogo Bardal, executivo responsável por operações da IFC no Brasil.

O evento também vai contar com um time de peso de especialistas do Banco Mundial; da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE); da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE); do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

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