Em crise, hospitais tentam reverter impacto da reforma tributária

Os serviços home care serão os mais prejudicados que os hospitais com o piso da enfermagem.
George Trigueiro Sindhospe
George Trigueiro, presidente do Sindhospe/Foto: cortesia

O setor de saúde realizará um grande encontro nacional nos próximos dias 24 e 25, no Recife, para tratar de temas que estão onerando os negócios hospitalares. O Congresso Fenaess, promovido pela Federação Nacional dos Estabelecimentos e Serviços de Saúde e pelo Sindicato dos Hospitais Particulares de Pernambuco (Sindhospe), debaterá temas como o piso da enfermagem e o aumento de carga tributária no setor.

“Estamos prevendo demissões”, disse o presidente do Sindhospe, o médico George Trigueiro. “O impacto do piso da enfermagem sobre a folha salarial em São Paulo gira em 10%, mas aqui em Pernambuco chega a 165%. Na Paraíba, 185%. Temos que desonerar a folha”, defende Trigueiro.

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Verba para hospitais

De acordo com o médico, para os hospitais filantrópicos e públicos foi assegurada verba suplementar, mas não é o suficiente. “Veja, os da rede pública terão R$ 7 bilhões, mas precisam de mais que o dobro. Ainda assim é alguma coisa. Já os privados não contam com nada extra. Os hospitais menores, principalmente os do interior, serão os mais impactados”.

Trigueiro prevê que os serviços home care serão os mais prejudicados com o piso da enfermagem. “Num hospital, um enfermeiro atende quatro leitos. No home care ele é exclusivo”, explica . Segundo ele, o serviço tende a ficar mais caro. “O cliente que não suportar vai canelar contratos e optar por cuidadores”.

O setor pede desconto de 50% sobre o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), trazido pela reforma tributária, que vai girar entre 27,5% a 30% sobre o faturamento. “Ainda assim, a tributação ficaria acima do que pagamos hoje. Enquanto isso, as operadoras de planos de saúde nos dão 2% de reajuste e isso quando não pedem deságio”, reclama o médico.

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