Câmara aprova texto da reforma tributária em primeiro turno

Após cerca de três horas de votação, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da reforma tributária sobre o consumo em primeiro turno. A proposta de emenda à Constituição recebeu 371 votos favoráveis, 121 contrários e três abstenções. O quórum mínimo de aprovação era de 308 votos. O texto ainda precisa ser votado em segundo […]
A proposta de emenda à Constituição recebeu 371 votos favoráveis, 121 contrários e três abstenções. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
A proposta de emenda à Constituição recebeu 371 votos favoráveis, 121 contrários e três abstenções. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Após cerca de três horas de votação, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da reforma tributária sobre o consumo em primeiro turno. A proposta de emenda à Constituição recebeu 371 votos favoráveis, 121 contrários e três abstenções. O quórum mínimo de aprovação era de 308 votos.

O texto ainda precisa ser votado em segundo turno. No momento, o plenário da Câmara analisa os destaques. Um acordo com o PL poderá resultar na derrubada da prorrogação de incentivos ao setor automotivo para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, ponto inserido durante a tramitação no Senado.

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O deputado Augusto Coutinho (Republicanos) defende os incentivos ao Polo Automotivo do Nordeste. Foto: Reprodução/Instagram

O deputado Augusto Coutinho (Republicanos) defende os incentivos ao Polo Automotivo do Nordeste. Segundo ele, se o Nordeste fosse um país seu PIB seria o 32º mais pobre, com 27,6% da população brasileira, 46,7% dos pobres de todo Brasil. Augusto Coutinho ainda relata que 53% dos miseráveis vivem no Nordeste, contra 25% da Região Sul; pessoas em situação de pobreza são 45% no Nordeste, contra 30% no Sudeste, também segundo Coutinho.

“Existe um ‘lobby’ das montadoras do Sul e Sudeste do País para que se acabe com o polo automotivo do Nordeste e do Centro-Oeste”, disse Coutinho, afirmando que as montadoras privilegiadas tem R$ 10 bilhões de subsídios da Argentina e do Mercosul, por exemplo.

O relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), retirou vários pontos incluídos pelo Senado no início de novembro. Caíram a cesta básica estendida, que teria alíquota reduzida em 60%, e regimes especiais para o saneamento e o transporte aéreo. Em contrapartida, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), manteve o benefício a profissionais liberais, que pagarão alíquota 30% menor.

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A retirada de exceções tem como objetivo reduzir a alíquota padrão do futuro Imposto sobre Valor Adicionado (IVA). Quando a reforma foi aprovada pela primeira vez na Câmara, em julho, o Ministério da Fazenda estimava que o IVA cobrado sobre a maioria dos produtos ficaria entre 24,45% e 27%.

Com as exceções incluídas pelo Senado, a alíquota subiria para 27,5%. Isso faria o Brasil ter a maior alíquota entre os países que adotam o imposto tipo IVA. Atualmente, o país com o IVA mais alto é a Hungria, com 27% de imposto.

A ideia dos parlamentares que negociam a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) é promover apenas supressões de dispositivos para garantir que o texto não precise retornar ao Senado e seja promulgado após aprovação dos deputados, ainda neste ano.

Sessão híbrida


A sessão começou pouco antes das 15h e está sendo realizada em caráter híbrido, com alguns parlamentares no plenário e outros votando pela internet. A oposição tenta obstruir a votação, o que pode atrasar a sessão.

Se a Câmara mantiver o mérito do texto aprovado pelos senadores, a proposta de emenda à Constituição não precisa voltar ao Senado. O texto também precisa voltar ao Senado caso os deputados retirem pontos da reforma.

Apenas em caso de mudança de mérito, a reforma tributária precisaria ser votada mais uma vez no Senado. No entanto, a Câmara, em tese, poderia fatiar a proposta e promulgar os pontos aprovados nas duas Casas. Nessa quinta-feira (14), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ser favorável a um fatiamento, caso os deputados inserissem mudanças, para dar mais tempo de resolver as divergências.

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