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Raquel Lyra diz que retomada da Transnordestina pode passar por PPP

O trecho Salgueiro-Suape da Ferrovia Transnordestina é importante para o desenvolvimento de uma logística mais competitiva em Pernambuco e Estados próximos
Transnordestina- Piauí
A Transnordestina começa no Sul do Piauí e deveria seguir até os portos de Pecém, nas imediações de Fortaleza, e de Suape, no Grande Recife. /Foto: Agência do Governo do Piauí

A governadora Raquel Lyra (PSDB) elogiou a licitação, realizada esta semana, pelo governo federal para contratar os projetos executivo e básico do trecho pernambucano da Ferrovia Transnordestina que vai ligar a cidade de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, ao Porto de Suape, no Grande Recife. “Vai haver uma retomada da obra a partir do projeto atualizado e tudo aponta para uma Parceria Público-Privada (PPP)”, comentou a chefe do Executivo.

Segundo a governadora, a futura PPP teria recursos privados e públicos, similar ao que está ocorrendo no Ceará. Originalmente, o projeto da Transnordestina começa no Sul do Piauí, seguindo até a cidade de Salgueiro. Depois disso, a ferrovia se dividia em dois ramais, um indo para o Porto do Pecém, no Ceará, e outro que chegaria ao Porto de Suape, no Grande Recife. O trecho cearense está sendo feito com recursos emprestados, pelo governo federal via insrumentos administrados pela Sudene, à empresa privada que está à frente das obras, a TLSA, uma subsidiária da CSN.

O trecho pernambucano da ferrovia está com as obras paralisadas desde 2016 e foi devolvida a concessão ao governo federal em 2022. O governo federal colocou cerca de R$ 500 milhões no Programa de Aceleração do Crescimento 3 – do atual governo Lula – para a retomada das obras do trecho pernambucano em 2024.

“Não vão ser gastos mais de R$ 500 milhões este ano na Transnordestina. Neste momento, o mais importante foi garantir a decisão política do governo federal no trecho Salgueiro-Suape”, argumentou a governadora acrescentando que agradece ao presidente Lula e ao ministro dos Transportes, Renan Filho, pela inclusão desta parte da ferrovia numa ação orçamentária.

A conclusão do trecho pernambucano da Ferrovia Transnordestina tem um custo estimado entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões. Ainda não está definido qual vai ser o modelo de retomada das obras do ramal ferroviário que terá cerca de 520 km e tem cerca de 180 km que foram construídos.

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Ainda de acordo com a governadora, o trecho pernambucano da ferrovia é muito importante como eixo de desenvolvimento para o Nordeste brasileiro e “não pode ser uma decisão empresarial que tire o direito de Pernambuco de participar desta nova onda de investimento que está acontecendo no Nordeste como um todo”.

A empresa Infra S.A., que pertence ao governo federal, abriu as propostas de uma licitação para escolher uma empresa pra fazer os projetos básico e executivo do trecho pernambucano da Transnordestina na segunda-feira (20) desta semana. A empresa Geosistemas foi classificada em primeiro lugar, porque deu o menor preço na concorrência. A estatal está analisando a documentação das empresas e vai cumprir os prazos determinado no edital até homologar a vencedora, o que ainda não ocorreu.

As obras do trecho pernambucano da Ferrovia Transnordestina foram iniciadas em 2006 e estão paralisadas desde 2016. A construção do trecho cearense está avançando e a expectativa é que de que seja concluído em 2027.

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