O vinho Pérgola, da Vinícola Campestre, bateu um recorde na preferência do consumidor: foi apontado, pela décima consecutiva, como vinho nacional mais vendido no Brasil. Os dados são da última pesquisa Líderes de Vendas realizada pela Nielsen por encomenda da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados).
É a primeira vez que um vinho alcança o marco de 10 anos sequenciais como o mais vendido. Só em 2023, foram comercializadas 40 milhões de garrafas do Pérgola, que atualmente pode ser encontrado em mercados de todos os estados brasileiros.
Entre os estados que mais consumiram o produto no ano passado estão São Paulo, que absorveu mais de 11 milhões de unidades, seguido por Minas Gerais, com mais de 8 milhões, e Bahia, com aproximadamente 6 milhões.
Produção do Pérgola
Por dia, são engarrafados entre 150 mil e 200 mil vasilhames, abastecidos com os vinhos Pérgola (a marca possui um portfólio com vinhos bordô, branco, frisante, sucos e coolers) e também com um outro braço de negócio mais recente da vinícola – o de vinhos finos, que passaram a ser produzidos de oito anos para cá e já têm rótulos premiados internacionalmente em linhas como Zanotto e Villa Campestre, feitas a partir de uvas varietais de cultivo próprio.
A vinícola emprega 150 pessoas, mas para suprir a demanda, a marca conta com o fornecimento exclusivo de uvas cultivadas por 800 famílias de pequenos produtores que se concentram nas regiões de Campestre, Monte Alegre dos Campos e Vacaria, na Serra Gaúcha.
No ano passado, a unidade de Campestre da Serra recebeu mais de 20 milhões de quilos de uva, que foram transportados para a fábrica após a colheita.
Crescimento
“A vinícola tem apresentado um crescimento médio de 10% ao ano. Este crescimento está diretamente ligado ao sucesso de vendas do Pérgola. Em 2020, foram mais de 32 milhões de garrafas. Nos anos seguintes, o número só aumentou: mais de 35 milhões em 2021 e 2022 e 40 milhões em 2023”, conta João Zanotto, proprietário da vinícola.
A Campestre também abastece atacado e varejo com o compromisso de recolher as garrafas de Pérgola e indenizar o valor total caso o produto não tenha sido comercializado.
“O brasileiro toma pouco vinho no geral – são em torno de 30 milhões de apreciadores em um mercado de mais de 210 milhões de consumidores potenciais -, mas a tendência é que o consumo cresça cada vez mais no país”, observa Zanotto.
Para estimular o crescimento, o proprietário da vinícola adotou a prática de oferecer degustações nos supermercados para apresentar o produto, até que o boca a boca o tornou o vinho mais vendido.
De acordo com o Global Wine Brand Power Index 2021, a Pérgola aparece na primeira posição do ranking brasileiro como a marca mais recordada pelos consumidores.
História
Inaugurada em 1968, a vinícola tem duas unidades no Rio Grande do Sul, em Campestre da Serra e no município de Vacaria – uma região nomeada Campos de Cima da Serra, a quase mil metros de altitude, com um terroir que atinge ótimos resultados.
O sucesso de vendas do famoso Pérgola possibilitou que a vinícola realizasse um grande sonho da família Zanotto no local: a produção de vinhos finos de altíssima qualidade, feitos com uvas varietais cultivadas em vinhedos próprios, como sauvignon blanc, pinot noir, sangiovese, malbec, entre outras. No total, o catálogo oferece mais de 50 rótulos, entre os vinhos de mesa, sucos, coolers e vinhos finos.
Hoje a Campestre assina linhas premiadas internacionalmente como Zanotto e Villa Campestre, além de manter um grande complexo de enoturismo com passeios culturais, visitação dos vinhedos, atividades de lazer, restaurante e degustação. Agora o projeto vai crescer com a construção de um hotel, para que os visitantes possam se hospedar in loco e conhecer o processo produtivo de ponta a ponta, sem pressa.
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