O potencial do mercado de gás será discutido no seminário “Gás: o combustível da transição energética” que acontecerá no dia 19 de julho, no auditório da Casa da Indústria na sede da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), no Recife. O evento é uma realização do Movimento Econômico em parceria com a Fiepe. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfZvb3dOfSynq5JQ7WaKbwhVPmuLSEhuUKnPJADV4k7CZKhjQ/viewform
Na ocasião os participantes vão conhecer as experiências exitosas com produção de biogás e biometano em Pernambuco e no Ceará, respectivamente. Especialistas vão também mostrar que esses insumos podem ser gerados por empresas avícolas, por prefeituras em seus aterros sanitários e até por usinas que produzem o açúcar e o álcool . “Vamos discutir e mostrar as novas oportunidades de negócios que podem surgir em torno do gás natural, biogás e biometano”, explica Patrícia Raposo, fundadora do Movimento Econômico.
O seminário, que conta com patrocínio da On Corp e com apoio da Copergás e do Sindicato do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), vai mostrar ainda que o potencial do mercado do gás natural passa também por grandes projetos como terminais de regaseificação, que são importantes para tornar preços mais competitivos.
Todas as apresentações dos palestrantes serão seguidas por mesas-redondas com participantes que vão mostrar as suas experiências e perspectivas nesta área. enomado consultor e CEO da Datagro Consultoria, Plínio Nastari vai falar sobre o “Biogás como solução energética descarbonizada”. Um dos maiores especialistas em mercados agrícolas, Plínio Nastari é presidente e CEO da Datagro Consultoria que atende 41 países situados nas Américas, África, Europa e Ásia.
Nastari é co-fundador e membro do Conselho de Biocombustíveis Sustentáveis (Bellagio Consensus); membro do Comitê Mundial de Açúcar na ICE Futures (Intercontinental Exchange, em Nova York, nos Estados Unidos), que faz recomendações para melhorias nos contratos do comércio mundial de açúcar e outros assuntos relacionados a esta commodity. Ele também atuou como consultor e membro de várias instâncias internacionais, além de auxiliar o governo brasileiro em negociações e disputas envolvendo o International Trade Comissions (ITC) e a Organização Mundial de Comércio (OMC) com relação ao açúcar e o etanol. Plínio detém os graus de M.Sc. e Ph.D. em Economia Agrícola, pela Iowa State University, nos EUA; entre outros.
Logo depois da palestra de Nastari, haverá uma mesa redonda que contará com a presença do presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha; do diretor técnico comercial da Copergás, Fabrício Bontempo; e da gerente executiva da Associação Brasileira do Biogás, Tamar Roitman.
Nas usinas, o biogás pode ser produzido a partir da vinhaça e também da torta do filtro, um resíduo originário da filtração do caldo extraído das moendas. O biogás surge a partir da decomposição orgânica dos dois resíduos realizada em biodigestores. E biometano poderia se tornar uma fonte de receita a mais para o setor sucroalcooleiro.
Biometano
Também participará do evento o presidente da Companhia de Gás do Ceará (Cegás), Hugo Figueirêdo. Ele traz um case de sucesso: no Ceará, 14% de gás comercializado já é biometano, que tem origem na decomposição de resíduos sólidos. A última mesa-redonda do evento debaterá as oportunidades de negócios no mercado de gás.
Em Pernambuco, o case é da Orizon, que atua em Jaboatão dos Guarapes, onde recebe os resíduos de oito municípios do Grande Recife, incluindo a capital pernambucana para produzir o biogás.
O evento é voltado para executivos, estudantes e professores que atuam nos setores citados acima. E o acesso será gratuito, mas os interessados devem se inscrever com antecedência, porque as vagas são limitadas.
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