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Algás e indústrias firmam acordo para descarbonizar matriz energética em AL

Parceria firmada durante evento sobre biogás e biometano prevê ações integradas voltadas à descarbonização e a matriz energética
Termo de cooperação da matriz energética em Alagoas
Da esquerda para a direita: José Roberto Nogueira, presidente do Sindaçúcar Alagoas; José Carlos Lyra, presidente da FIEA; governador Paulo Dantas e o presidente da Algás, Ediberto Omena. Foto: Pei Fon

A Algás e a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA) firmaram, nesta segunda-feira (9), um acordo de cooperação técnica com foco em ações para a descarbonização da matriz energética local. A parceria foi assinada durante o Meeting Biogás e Biometano de Alagoas, realizado no auditório da Casa da Indústria, em Maceió, e prevê o desenvolvimento conjunto de projetos sustentáveis voltados à expansão do uso de fontes renováveis no estado.

O documento foi assinado pelo governador de Alagoas, Paulo Dantas, o presidente da FIEA, José Carlos Lyra, e o presidente da Algás, Ediberto Omena. De acordo com informações do Governo de Alagoas, a cooperação busca consolidar o papel de Alagoas como referência na produção e utilização de fontes renováveis como o biogás e o biometano, fortalecendo a agenda de transição energética e sustentabilidade no estado.

Com a nova parceria, as instituições se comprometem a articular iniciativas conjuntas, ampliar o debate técnico e estratégico e atrair novos investimentos voltados à inovação energética. O presidente da FIEA, José Carlos Lyra, lembrou que o encontro dá continuidade ao programa “Conectando o Futuro: avançando com o ESG na indústria alagoana”, lançado há um ano.

“Estamos reafirmando nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e com a transformação da matriz energética alagoana, aproveitando todo o potencial das fontes renováveis”, disse Lyra.

Durante o evento, o presidente da Algás informou sobre o lançamento de um novo edital de chamamento público voltado às empresas produtoras de biogás interessadas em fornecer biometano. A iniciativa busca estimular a diversificação energética no estado e consolidar a infraestrutura necessária para a produção e distribuição do combustível.

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“O biometano veio para ficar. Estamos despertando o interesse de empresários locais, do setor sucroalcooleiro e de resíduos sólidos para uma alternativa que já se mostra viável e estratégica para o futuro”, afirmou o presidente da Algás, Ediberto Omena.

O gerente comercial da Algás, Fábio Sousa, reforçou a importância da temática da transição energética, destacando que trazer essas inovações para a pauta empresarial e institucional contribui para a modernização do setor produtivo.

“Projetos com origem renovável são hoje os grandes protagonistas da transformação energética no Brasil e no mundo. Essa troca de experiências fortalece o nosso papel nesse processo”, afirmou Sousa.

A programação do evento incluiu dois painéis técnicos. O primeiro debateu tendências e oportunidades do biometano no Brasil, com a presença de representantes da Abegás, Cegás e Bahiagás. O segundo abordou aplicações regionais de biomassa para a geração de energia.

Projetos vão impulsionar matriz energética em Alagoas

Dois projetos já anunciados pretendem impulsionar a matriz energética de Alagoas para a produção de biogás e biometano. A Origem Energia criou uma joint venture com a TAG para desenvolver um projeto que pretende estocar gás natural em sua unidade localizada no município de Pilar, região Metropolitana de Maceió.

O projeto, que aguarda autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para ser iniciado, tem previsão de investimento de aproximadamente US$ 200 milhões, cerca de R$ 1 bilhão, divididos em diferentes etapas. 

A Origem Energia irá contribuir com a infraestrutura ligada ao projeto já desenvolvido no Polo de Alagoas – reservatórios depletados, poços perfurados, dutos de escoamento conectados e o “gás de colchão”.

A TAG, por sua vez, aportará o capital para investimentos nas infraestruturas adicionais para iniciar o serviço de estocagem. Na fase inicial, a capacidade de armazenamento será de 106 milhões de m³/ano. No longo prazo, a capacidade pode chegar a 500 milhões de m³/ano.

Inauguração Complexo Exygen I
Projeto Exygen I pretende produzir 160 milhões de litros de etanol neutro em carbono por ano em Alagoas. Foto: Felipe Brasil

Em janeiro, a GranBio, em parceria com as Usinas Caeté e Santo Antônio e a Impacto Bioenergia, lançou a pedra fundamental da Exygen I, uma biorrefinaria inovadora em São Miguel dos Campos, distante 58 quilômetros de Maceió. Esta será a primeira unidade brasileira a produzir biocombustíveis sustentáveis, com previsão de início da produção em 2026. O investimento anunciado é de R$ 1,5 bilhão para serem executados pelos próximos quatro anos.

O projeto da Exygen I prevê a produção anual de 160 milhões de litros de etanol neutro em carbono a partir de 2026, que utilizará resíduos do açúcar como matéria-prima, e de 50 milhões de m³ de biometano por meio da vinhaça da cana-de-açúcar.

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