Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

STJ mantém recuperação judicial do Grupo João Santos

A recuperação judicial do Grupo João Santos vai continuar o plano aprovado pela Justiça
Grupo João Santos
Prédio da sede do Grupo João Santos no Recife. Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A terceira turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nesta terça-feira (10), pela continuidade do processo de recuperação judicial do Grupo João Santos. A decisão, tomada por maioria, permite que o Grupo avance no cumprimento do plano de recuperação judicial aprovado pelos credores, homologado pela Justiça e autorizado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), incluindo a venda de ativos não estratégicos.

Ainda na decisão foi rejeitado o pedido de retorno do empresário Fernando Santos ao comando do Grupo. Desse modo, a decisão mantém a atual gestão da recuperação judicial. A recuperação judicial foi iniciada em agosto de 2022. O João Santos já foi o segundo maior grupo cimenteiro do País.

“A decisão de hoje é de absoluta importância para o pagamento do acordo com a PGFN e a quitação dos valores devidos a mais de 20 mil trabalhadores que estavam sem receber há mais de 10 anos, em muitos casos”, disse o economista da PPK Consultoria João Rogério, que está atuando no processo de recuperação judicial do grupo. Segundo ele, não cabe recurso a decisão colegiada do STJ.

A decisão colegiada do STJ suspende a liminar do ministro Moura Ribeiro, do STJ, que suspendeu a venda de ativos no processo de recuperação judicial do Grupo João Santos, ameaçando um acordo tributário de R$ 3,4 bilhões firmado com a PGFN. Este acordo pretendia regularizar o passivo fiscal do espólio do empresário João Santos, fundador do grupo, com base na alienação dos bens da companhia.

Na época, a liminar atendeu o pedido de parte dos herdeiros, que contestaram a legitimidade da atual gestão do espólio, alegando irregularidades na condução do processo. A disputa familiar envolve acusações de conflito de interesses.

- Publicidade -

A recuperação judicial e o pagamento dos trabalhadores

No começo deste mês, a gestão da recuperação judicial do Grupo João Santos firmou um acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) , de Pernambuco, para pagar R$ 23 milhões a 600 credores trabalhistas. O valor total acordado foi depositado nas contas da Justiça do Trabalho, que irá fazer o pagamento diretamente aos credores.

O fundador do grupo, o empresário João Santos se formou em economia e construiu um dos maiores conglomerados industriais da região. Morreu em 2009, aos 101 anos. Desde então, o espólio segue sob disputa judicial. Estimado em cerca de R$ 13 bilhões, o espólio inclui fábricas de cimento, usinas de açúcar, ativos imobiliários, empresas de mídia e outras participações.

Leia também

Grupo João Santos vai pagar R$ 23 milhões a 600 credores trabalhistas

STJ suspende atos do inventariante do Grupo João Santos e impõe freio à gestão patrimonial

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -