Aumento da demanda chinesa em 6% promete bom ano para mercado da carne

Em Pernambuco, as contratações para bovinocultura de corte junto ao Banco do Nordeste superaram os R$ 190 milhões em 2022. E a tendência é de crescimento.
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Carne. Foto: Divulgação

O Banco do Nordeste (BNB) prevê contratar mais de R$ 3,5 bilhões para bovinocultura de corte, valor equivalente ao registrado em 2022. Na comparação com 2021, o aumentou é de 10%. O Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste (BNB), estima que a demanda global pelo produto cresça puxada, principalmente, pela China. Acredita-se que o país asiático aumente seu consumo em 5,9%, chegando a 10,85 milhões de toneladas.

Isso fará com que o cenário de preços da carne bovina permaneça elevados ao longo de 2023, gerando bons negócios aos produtores. Em Pernambuco, as contratações para bovinocultura de corte junto ao Banco do Nordeste superaram os R$ 190 milhões em 2022. E a tendência é de crescimento.

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Pedro Ermírio
Pedro Ermírio/Foto: Banco do Nordeste

Segundo o superintendente Estadual do BNB em Pernambuco, Pedro Ermírio de Almeida Freitas Filho, há grande expectativa de um aumento no número de financiamentos em 2023.

Produção de carne em PE

“Isso ocorre devido à instalação de um frigorífico no Agreste Meridional, a capacidade de comercialização dos animais para os produtores aumentou significativamente. A maior dificuldade dos produtores, que era a comercialização, está sendo superada. Com isso, os produtores estão aumentando o plantel e consequentemente necessitando de novos investimentos em infraestrutura e custeio”, disse. Ele se refere ao frigorífico da Masterboi, que começou a operar no Agreste do estado, ano passado.

De acordo com Luiz Sérgio Farias Machado, superintendente de Agronegócio e Microfinança Rural do BNB, o apoio oferecido pelo BNB atende grandes e pequenos produtores na busca por aumento de produtividade e otimização de recursos.

“A boninocultura de corte tem agregado tecnologia e inovações ao processo de produção com melhoria de produtividade e da rentabilidade atendendo, ainda, requisitos relacionados à sustentabilidade ambiental. Damos atenção especial aos mini e pequenos produtores priorizando investimentos que permitam melhoria da genética dos animais, manejo alimentar e sanitário e reserva estratégica alimentar, notadamente no Semiárido”, afirma.

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A China continua sendo o principal destino da carne brasileira e, ainda, aumentou sua participação de 39,22% em 2021 (723 mil toneladas) para 54,72% em 2022 (1,24 mil toneladas).

Apesar das boas perspectivas, é preciso cautela, como alerta a zootecnista Kamilla Ribas Soares Colli, do Etene. “É um mercado complexo. É preciso fazer as contas com foco na melhoria da eficiência dos sistemas de produção, visando ganhos de lucratividade e rentabilidade, de olho na competitividade em relação a outras proteínas, como frango e suínos”, afirma.

Também é preciso um bom planejamento financeiro de quem deseja investir para não sofrer tanto com as variações de preço devido a questões geopolíticas, complementa o zootecnista Luciano Feijão Ximenes. “O mercado externo, que possui expectativas positivas, e o mercado interno, que absorve 70% do destino da produção, estão sob impacto de questões geopolíticas. Desse modo, é recomendável investir na maximização da eficiência da produção observando as práticas de sustentabilidade, como a economia circular, que é prioridade em relação ao aumento da capacidade”, explica.

No acumulado anual de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021, o Brasil aumentou as vendas de carne em 40,88% (US$) e 22,66% (Kg) e exportou carne bovina para 153 países.

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