A 23ª edição da Fenearte vai acontecer de 05 a 16 de julho no Centro de Convenções, em Olinda. O evento recebeu um investimento de R$ 8 milhões, bancados pelo governo do Estado. A expectativa é de que ocorra uma movimentação financeira em superior a R$ 40 milhões em decorrência da feira, que é a maior de artesanato da América Latina. Serão mais de 5 mil expositores, – incluindo artesãos de 30 países diferentes -, que vão ocupar uma área de 25 mil metros quadrados e receberem a visita de cerca de 300 mil pessoas. Uma parte dos artesãos pernambucanos escoa grande parte da sua produção anual na Fenearte.
Este ano, a feira vai fazer uma parceria com 50 estabelecimentos, incluindo museus, galerias e restaurantes que terão atividades relacionadas ao evento. Será o Circuito Fenearte, que entre outras atividades, vai receber a segunda edição da ART-PE, feira de arte contemporânea que será no Cais do Sertão com a participação de 30 galerias de arte e artistas urbanos. O mercado Eufrásio Barbosa também terá a exposição “Tapeçaria Timbi: Bordando as Obras do Mestre J.Borges. E ocorrerá uma “ativação” da Design Week no Edifício Pernambuco, no Bairro de Santo Antonio, entre outras. E a intenção da governadora Raquel Lyra é fazer, nas próximas edições, uma espécie de interiorização com as pessoas indo visitar os lugares onde os artesãos produzem as suas peças.
O tema da feira é Loiceiros de Pernambuco – Arte da Terra, Poesia das Mãos, fazendo uma referência aos artesãos do barro que produzem principalmente no interior, como é o caso de Caruaru, terra da atual governadora. “Pra quem vem de Caruaru é uma emoção falar de Fenearte. A partir da louça se faz todo o artesanato do barro. Pernambuco é palco da diversidade, onde é produzido cada artesanato. E a Fenearte é um expoente da grandeza do nosso povo”, resume a governadora Raquel Lyra (PSDB), ao falar do evento. O artesanato de barro é muito forte em Caruaru, terra do Mestre Vitalino, que foi reconhecido mundialmente com os seus bonecos de barro.
No mezanino do pavilhão, os visitantes poderão ver a exposição “As Loiceiras de Tacaratu – A Arte Milenar das Mulheres do Meu Sertão”, com fotografias de Ana Araujo, mostrando a tradição da loiça no município pernambucano; um saber difundido pelo povo Pankararu que lá habita. As loiças terão destaque também no Espaço Janete Costa, que, aliás, continua com o projeto Conversas Instigantes, de palestras com artesãos, artistas, designers e produtores.
Fenearte e o mercado do artesanato
O governo do Estado também vai fazer um estudo pra mapear melhor toda a cadeia do artesanato, incluindo o mercado, o próprio artesão e o seu produto e o território onde trabalha, segundo a diretora geral de Promoção Criativa da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco, Camila Bandeira. A intenção é depois usar as informações para definir políticas públicas.
A atual edição conta com o apoio de cinco Sebraes estaduais. Este ano, o governo não conseguiu patrocinador externo para a Fenearte, que nas edições passadas, tinha o seu patrocínio bancada por empresas públicas e privadas. Com relação à ausência de patrocinadores, o presidente da Adepe, André Teixeira, disse que o governo está fechando o patrocínio com quatro ou cinco grandes marcas nacionais e que uma delas vai sair como vencedora. “Comercialmente, isso não era bem trabalhado. Vamos trabalhar nisso a partir de agosto para este ano”, explica.
Funcionamento da Fenearte
A feira funcionará das 14h às 22 horas, de segunda a sexta-feira e das 19h às 22 horas, aos sábados e domingos. De segunda a sexta, o ingresso é R$ 12 inteira e R$ 6, a meia entrada. Aos sábados e domingos, será cobrado R$ 16 inteira e R$ 8 pela meia entrada. Além da bilheteria da própria Fenearte, os ingressos poderão ser adquiridos no Centro de Artesanato de Pernambuco, shoppings Boa Vista, Plaza, Recife, RioMar e Tacaruna.
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