Os clientes residenciais da Neoenergia Pernambuco vão ter um aumento na conta de luz de 8,16% que vai entrar em vigor no próximo domingo (14). O índice médio de reajuste definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi de 9,02%. Essa média inclui os 3,9 milhões de clientes atendidos pela distribuidora no Estado. A média do percentual de reajuste aplicado para os clientes que consomem a energia em alta tensão, como as indústrias e comércio de médio e grande porte, será de 10,41%.
Segundo informações da Aneel, os fatores que mais impactaram no cálculo do reajuste dos consumidores de Pernambuco foram os custos com compra e transporte de energia, além da retirada de componentes financeiros considerados no processo anterior.
O reajuste foi alto já que o IPCA – que indica a inflação oficial do País – está em 4,65% nos últimos 12 meses. A assessoria de imprensa da Neoenergia Pernambuco informou que o reajuste médio de 9,02% foi impactado por elevações nos custos com geração e transmissão de energia e de outras componentes financeiras não gerenciáveis pela distribuidora.
De uma forma grosseira, o reajuste da energia é definido com base nos itens não gerenciáveis pela distribuidora, que formam a Parcela A da planilha de custos analisada pela Aneel e um outro grande bloco de informações, chamada parcela B na qual entram os custos de operação, manutenção e os investimentos feitos pela distribuidora.
Composição da conta de luz
No mercado, o preço da energia é composto por algumas variáveis como a disponibilidade maior para produzir (que diminui quando falta água nos principais reservatórios das hidrelétricas do País), pela quantidade de térmicas que estão gerando energia – que produzem um quilowatt muito mais caro do que as hidrelétricas e éolicas, entre outros fatores.
Do valor cobrado na fatura, 45,5% são destinados para pagar os custos com a compra e transmissão de energia. Os tributos (encargos setoriais e impostos) continuam tendo uma grande participação nos custos da tarifa de energia elétrica, representando 30,2% do total.
Neste reajuste, o consumidor ainda está pagando pela crise hídrica que ocorreu no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando o governo federal decidiu acionar muitas térmicas para não faltar energia no País.
Nos custos totais, a distribuidora fica com 24,3% do valor pago pelos consumidores pernambucanos e esses recursos são usados para cobrir os custos de operação, manutenção, administração do serviço e investimentos. Nas contas da Neoenergia, isso significa que, para uma conta de R$ 100, por exemplo, R$ 24,30 são destinados efetivamente à empresa para operar, manter e expandir todo o sistema elétrico nas 184 cidades atendidas pela distribuidora e na Ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco, e na cidade de Pedras de Fogo, na Paraíba.
Ao longo de 2022, a Neoenergia investiu R$ 898 milhões no sistema elétrico pernambucano, um aumento de 30% em relação a 2021, principalmente em obras de expansão e modernização da rede de distribuição.
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