Na política não se tem paz nem no dia que você é mãe pela terceira vez, da terceira filha, no Dia Internacional da Mulher. Esse é o contexto que vive a ex-deputada e ex-candidata ao governo de Pernambuco pelo Solidariedade, Marília Arraes.
Recapitulando um pouco a história, Marília sai do PSB, em 2016; entra no PT, e se torna a candidata petista a prefeita do Recife se opondo aos socialistas e deixa o partido em 2022; Então, Marília entra no Solidariedade foi candidata ao governo estadual pela legenda em 2022; Agora, a conjuntura política parece colocar Marília Arraes em cheque novamente.
É que as movimentações nacionais acenam para a formalização de uma federação partidária envolvendo PSB, PDT e o Solidariedade. Dentro desse cenário, Marília ficaria de mãos atadas dentro da sua atual legenda, já que não seria confortável participar de uma fusão onde tem tantos desafetos como é no PSB.
Para onde Marília iria? Para o PT? Acredita-se que nunca mais. Depois de perder as eleições à Prefeitura do Recife, em 2020, para João Campos (PSB), Marília perdeu espaço entre os petistas e foi buscar o Solidariedade na tentativa se candidatar ao governo, como fez. Essa é a verdadeira incógnita que vai permanecer, por enquanto.
Ainda vale a pena lembrar que a irmã de Marília, Maria Arraes, é deputada federal pelo SD. Caso, ela saísse da legenda o partido pode até mesmo requisitar o seu mandato.
Sonho da Sudene se distancia de Marília
Nesta quinta (08), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, reúne a executiva nacional socialista, em Brasília, onde deve bater o martelo sobre a formalização da Federação junto ao PDT, do ministro Carlos Lupi, e o Solidariedade, que tem na sua presidência nacional o ex-deputado Paulinho da Força.
Com essa fusão, fica cada vez mais difícil para que as especulações em torno de Marília Arraes para assumir a Sudene se concretizem. Nessa disputa direta com Marília está Danilo Cabral, do PSB, ex-deputado federal e ex-adversário dela na disputa pelo governo de Pernambuco de 2022.
Danilo Cabral teria recebido o convite de Lula para assumir o órgão, mas haveria uma condição imposta pelos petistas: que o socialista deixasse o PSB e migrasse para o PT, o que não aconteceu. Porém, com a formação da federação PSB, PDT e SD, Danilo se fortaleceria novamente em troca do apoio ao presidente que os três partidos podem oferecer no Congresso Nacional.
Na Câmara, PDT com 17; PSB, com 14; e Solidariedade com 4 somariam na questão governabilidade de Lula. No Senado, seriam 4 do PSB; outros 3, do PDT; e nenhum do SD.
Para Marília, o cerco está fechando, mais uma vez, como já foi com o PSB e no PT. Só que dessa vez, qual será o seu destino político-partidário? Aguarde cenas dos próximos capítulos.
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