Depois que o mundo entrou na era da informação e passou a gerar cada vez mais dados, o grande desafio é saber o que fazer com eles. Segundo levantamento da IBM, diariamente são gerados globalmente cerca de 2,5 quintilhões de dados. Dados são gerados a todo instante, em casa, no trabalho, no lazer e até mesmo nos hospitais.
Hábitos pessoais geram dados que, cruzados com outros, oferecem perfil de consumo, de comportamento e uma gama incalculável de oportunidade para os negócios e é por isto que o mercado de Business Intelligence (BI) vem crescendo nos quatro cantos do planeta.
De acordo com a Consultoria Mordor Intelligence, receitas provenientes de serviços de BI deverão saltar de US$ 26,81 bilhões em 2023 para US$ 42,49 bilhões até 2028, diante do aumento do big data e da crescente necessidade de empresas tomarem decisões de negócios de forma rápida e segura.
Por aqui não é diferente. Empresas estão percebendo que os serviço de BI ajudam a entender os dados e organizá-los. Analisando o que uma empresa tem de informações, o BI pode fornecer insights que irão nortear a tomada de decisões nos negócios. Por isso, o serviço é muito usado por gestores, pelas áreas de venda e de marketing, ou seja, por usuários corporativos e executivos.
Fazendo uso de programas de software e outros instrumentos, o BI permite aos administradores coletar dados de fontes externas e sistemas internos para analisá-los, para monitorar consultas e produzir relatórios, entre outras coisas.
“A medida que fomos gerando informações, passamos a acumular muitos dados. E mais importante que analisar esses dados é antes organizá-los”, alerta Delano Lins COO da HSBS, braço da Nagem para infraestrutura de TI, empresa que criou nova unidade de negócios Data & Analytics para prestar serviços de BI.
Delano Lins alerta que o erro de muitas empresas é realizar BI sobre bases desestruturadas. Esse tipo de problema, somado à crescente procura pelo serviço, motivaram a empresa a fechar parceria de exclusividade com outra empresa pernambucana, a Concept BI, especializada em dados analíticos e treinamentos para passar a oferecer o novo serviço de Business Intelligence.
Papel crucial nas empresas
O “Big Data” oferece informações valiosas se analisado corretamente. Neste sentido, o BI desempenha um papel crucial, transformando dados brutos em insights.
“O BI consegue ver o que não vemos. Por exemplo, num supermercado o BI entendeu que as vendas de cerveja crescem quando elas são posicionadas ao lado de fraldas, porque os homens que vão comprar o produto infantil sentem-se atraídos a levar também a bebida para casa”, exemplifica Delano Lins.
Em outra situação, o BI ajudou uma transportadora a alcançar melhores resultados. “Ainda que tenha passado a fazer um trajeto maior numa determinada rota, a companhia pôde ter economia com pneus e manutenção ao optar por uma estrada menos esburacada”, explica o COO.
Os segmentos que mais têm demandado serviços de BI são os de seguros, financeiro e agronegócio. Mas a procura tem alcançado outros setores. Especialistas preveem que em 2024, o BI não será apenas uma ferramenta para analistas de dados, mas se consolidará como um componente integral da estratégia corporativa, ajudando líderes a tomar decisões baseadas em dados sobre tudo, desde operações até marketing e desenvolvimento de produtos.
“Decidimos oferecer serviço de BI porque o mercado local é carente e está procurando por prestadores de serviços. Entre as novas tendências de TI, essa é a que se mostra mais promissora no momento e por isso decidimos explorá-la”, explica Delano Lins.
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