O advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, afirmou nesta sexta-feira (18/8) que o dinheiro da venda do relógio Rolex deve ter sido entregue para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou para a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Segundo o advogado, Bolsonaro disse para Cid “resolver o problema do Rolex” mais especificamente.
Desta vez, o advogado disse que não se referia às demais joias pertencentes à União, que também teriam sido vendidas no exterior, segundo a Polícia Federal.
Ele também negou que Cid iria fazer uma confissão apontando Bolsonaro como mandante do seu ato criminoso. Segundo Bittencourt, o ex-ajudante de ordens vai dar “esclarecimentos” sobre o caso.
Ligação
Cezar Bitencourt recebeu uma ligação do advogado Paulo Cunha Bueno, depois da publicação da entrevista da Veja, que lhe disse que iria assumir a defesa de Bolsonaro e que gostaria de marcar um encontro.
Operação da PF
Na sexta-feira (11), a Polícia Federal fez buscas em uma operação que investiga a suposta tentativa de vender ilegalmente presentes dados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro de países estrangeiros. A PF realizou buscas nas residências dos seguintes investigados: Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e tenente-coronel do Exército; Mauro Cesar Lourena Cid, general do Exército e pai de Mauro Cesar Barbosa Cid; Osmar Crivelatti, tenente do Exército e ex-ajudante de ordens; e Frederick Wassef, advogado que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça.
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