Lula libera R$ 2,1 bilhões em emendas para aprovar projetos da área econômica

Lula praticamente garante a aprovação dos projetos da área econômica, como a reforma tributária
Brasília, 05/07/2023 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da primeira-dama, janja Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade e de outras autoridades, participa da 17ª Conferência Nacional de Saúde. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberou R$ 2,1 bilhões em emendas parlamentares, nesta terça-feira (5/07). O petista bateu um recorde na liberação dos repasses, que, desta vez, tem foco nos recursos provenientes do Ministério da Saúde. O recorde anterior, de R$ 1,7 bilhão, aconteceu no mês de maio, durante a votação da medida provisória da Esplanada, conhecida como a MP dos Ministérios. Somando as duas liberações o presidente chega aos R$ 3,8 bilhões para negociar com os congressistas.

Assim, o presidente praticamente garante a aprovação dos projetos da área econômica, como a reforma tributária. De certa forma, Lula responde às críticas feitas pelo Centrão, que exigia celeridade na destinação do dinheiro das emendas. Daquela vez, o petista quase sofreu uma derrota com a iminência de perder a votação sobre a estrutura dos ministérios para seu terceiro mandato.

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Agora, o governo priorizou a liberação de recursos para as chamadas emendas de bancada, que são projetos apoiados por deputados e senadores de cada estado. O dinheiro atende a solicitações de parlamentares de diferentes partidos, tanto governistas como oposicionistas.

Detalhe é que, desse grupo duas legendas que não pertencem a base governista se destacaram: o PP, com R$ 281 milhões; e o PL, com R$ 144 milhões. Neste caso, surpreende mais o PL, partido do agora inelegível Jair Bolsonaro, que parece começar a se alinhar mais com a base governista e se afastar do ex-presidente.

Do total, O maior valor foi para bancadas estaduais e temáticas: R$ 1,4 bilhão. Outros R$ 707 milhões foram distribuídos para emendas indicadas por congressistas de diferentes partidos.

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Comparação

Para se ter uma ideia, a construção de uma casa popular de 60m², por exemplo, ficaria em torno de R$ 114.000,00, segundo o Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²) do estado de São Paulo. Ou seja, esse dinheiro daria para construir 35 mil casas populares.

Cheque as emendas por aqui.

Governo vai pagar piso da enfermagem retroativo a maio

Brasília, 05/07/2023 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da primeira-dama, janja Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade e de outras autoridades, participa da 17ª Conferência Nacional de Saúde. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil


A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta quarta-feira (5) que o governo vai pagar o piso nacional da enfermagem, com retroativo desde maio. O anúncio foi feito durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília.

“O governo federal trabalha para a implementação do piso da enfermagem. Vamos implementá-lo no setor público tal como a decisão do Supremo Tribunal Federal [STF], garantindo as nove parcelas previstas para 2023.”

Durante discurso no evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o pagamento retroativo a maio, mês em que o ministro do STF Luís Roberto Barroso estabeleceu regras para o pagamento do piso aos profissionais que trabalham no sistema de saúde de estados e municípios nos limites dos valores recebidos pelo governo federal.

Lula argumentou que o trabalho da enfermagem não pode ser considerado menor. “Tem gente que acha que o salário de uma enfermeira de R$ 4 mil e pouco é caro”, disse. “Mas é preciso que a gente avalie efetivamente o valor do trabalho por aquilo que ele representa na nossa vida. Quem leva as pessoas para tomar banho, quem vai limpar as pessoas, quem dá comida, quem aplica injeção, quem mede a pressão, quem leva ao banheiro é exatamente o pessoal de baixo, que trabalha. E, por isso, esse pessoal tem que ser valorizado”, acrescentou.

Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom dia, Ministra, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que algumas falhas no texto da lei atrasaram o repasse do valor para estados e municípios, mas que isso será resolvido.

*Agência Brasil

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