André Borges: Que fatores serão decisivos para o sucesso do negócio na próxima década?

* Por André Borges Por diversas questões estruturais, o país sempre demandou a habilidade empreendedora e empática do brasileiro em resolver problemas. Seja de ordem social ou econômica para tirar o sustento da família, gerar riquezas e impactar positivamente a comunidade ao redor, fomos forjados a superar desafios. Até aqui estou falando de indivíduos dotados […]
André Borges, head de sustentabilidade no iFood
André Borges/Foto: acervo pessoal

* Por André Borges

Por diversas questões estruturais, o país sempre demandou a habilidade empreendedora e empática do brasileiro em resolver problemas. Seja de ordem social ou econômica para tirar o sustento da família, gerar riquezas e impactar positivamente a comunidade ao redor, fomos forjados a superar desafios. Até aqui estou falando de indivíduos dotados dessa virtude e dedicados a fazer o bem. Mas e quando esses mesmos indivíduos se reúnem para criar oportunidades e soluções em escala que possam transformar o ecossistema na velocidade que a sociedade tem exigido? 

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Temos visto um movimento crescente de empresas com uma visão elementar sobre como o fator de sucesso do negócio está cada vez mais atrelado a uma agenda de impacto consciente na sociedade. Seja por meio de iniciativas estruturadas para resolver problemas e dilemas na relação entre a velha ótica do capital versus o bem-estar social ou políticas públicas que transformem uma comunidade por meio de projetos socioambientais, o capitalismo de stakeholders está ganhando força no mercado corporativo brasileiro. Hoje, o foco apenas no cliente não basta, é necessário gerar valor para todo o ecossistema: dos colaboradores ao seu público-alvo, dos acionistas aos parceiros, da sociedade ao meio ambiente. 

Isso também é motivado pelas discussões lideradas pelo Instituto Capitalismo Consciente Brasil, o qual temos muito orgulho de integrar como a primeira empresa da Nova Economia a se associar como patrono dessa agenda no país.

Olhando para esse recente movimento e trazendo para a nossa realidade enquanto referência em delivery, faço uma reflexão de que as empresas de tecnologia não só despontarão como os principais motores da economia nacional na próxima década como serão referência de uma liderança consciente na condução acelerada de uma agenda de mercado voltada para a transformação positiva da sociedade. O que sustenta essa minha reflexão são projeções do Fórum Econômico Mundial que apontam para mudanças no curto e médio prazo: estima-se que 70% do valor criado na economia na próxima década virá de modelos baseados em plataformas digitais.

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Trazendo essa reflexão para resultados práticos de como essa agenda de capitalismo consciente muda a realidade, destaco a importância de uma empresa que atua com o delivery de alimentos olhar também para o combate à insegurança alimentar, em especial em uma realidade de desperdício de alimentos. O Todos à Mesa usa a essência do que é uma empresa da Nova Economia – foco em resolver problemas com soluções rápidas e aplicá-las em escala – e conecta diversas pontas do nosso ecossistema, como empresas do varejo, ONGs dedicadas a reverter a cadeia de desperdício de alimento e o cliente da nossa plataforma. Em apenas um ano, o manejo feito de forma correta dos alimentos produzidos em excesso e a sensibilização dos consumidores da plataforma de delivery permitiu levar comida saudável e nutritiva a nada menos que 1,9 milhão de brasileiros. 

Experiências como essa são sustentadas pela visão dos consumidores ouvidos por um estudo realizado pelo Google, no qual 44% dos entrevistados entendem que as marcas e corporações têm responsabilidade sobre a agenda de ESG em seus produtos e serviços. Dos que levantam a importância na agenda de combate ao desperdício de alimentos, 68% adotam a prática como rotina diária. 

Diante desse pequeno recorte do que consumidores esperam das marcas além de uma simples experiência de consumo, dou continuidade à reflexão de que é determinante aliar propósito, impacto positivo, valor para todos os stakeholders e liderança e gestão conscientes para a construção de estruturas sólidas (e também lucrativas) como fator para o sucesso e quem está resistente a esse novo cenário não irá durar. Outros setores da indústria já entenderam o recado e seguem dedicados a criar novas soluções para os dilemas brasileiros. Mas, é preciso agir rápido.

* André Borges é head de sustentabilidade do iFood

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