Utilizando subsídios de até R$ 20 mil para complementar o financiamento do programa federal Minha Casa, Minha Vida, o Governo de Pernambuco lançou o Morar Bem Pernambuco, Entrada Garantida. Esta nova modalidade deve beneficiar em torno de 10 mil famílias, que recebem até 2 salários-mínimos. O investimento anual previsto é de R$ 200 milhões. O custo dos cerca de 40 mil imóveis, que devem ser novos, com limite de até R$ 190 mil.
“O Governo do Estado estruturou uma política pública habitacional garantindo recursos para que ela possa ser feita. Além da família poder ter essa oportunidade de comprar a casa própria, o empreendedor que pretende colocar o seu imóvel para comercializar por meio do programa pode se cadastrar. Com isso, a gente pode garantir novos empreendimentos em Pernambuco”, destacou a governadora Raquel Lyra.
A expectativa é que o programa dobre a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para compra da casa própria nos próximos 12 meses em Pernambuco (ou seja, sair de R$ 2 bilhões para R$ 4 bilhões). Isso porque as famílias poderão utilizar o FGTS e o subsídio do governo concomitantemente para conseguir comprar o imóvel.
Segundo dados da Secretaria Nacional de Habitação (SNH), o pernambucano que tem uma renda de dois salários precisa ter, em média, R$ 20 mil guardados para conseguir um financiamento através do programa Minha Casa, Minha Vida. Esse valor já considera o subsídio dado pelo governo federal no programa, que financia até 80% do valor do imóvel.
“Essa é uma modalidade do programa Morar Bem Pernambuco que visa aumentar o investimento do FGTS, do Minha Casa Minha Vida, aqui no estado. Os dados da secretaria nacional de habitação demonstram que 70% da nossa demanda e o déficit de Pernambuco é de mais de 320 mil moradias são de famílias que até 2 salários. Essas famílias não têm condições e fazer a poupança para pagar a entrada do imóvel. São subsídios de até R$ 20 mil”, explicou Simone Nunes, secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação.
Já o diretor presidente da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), Paulo Lira, falou sobre a possibilidade de estímulo ao setor da construção e da perspectiva de geração de empregos. “Vai estimular o mercado da construção civil, vai gerar novos empregos, vamos trazer novas construções e novos empreendimentos para o nosso estado e sem dúvida e consequentemente reduzir o nosso déficit habitacional”, relatou. A iniciativa tem um potencial de gerar 72 mil empregos dentro da cadeia da construção civil.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) estava representada pelo presidente, Renato Correia. “Apoiamos esse movimento que é muito importante para que as pessoas que não têm renda consigam alcançar sua casa própria de qualidade. É o primeiro lançamento da região Norte/Nordeste, a gente sabe do grande déficit aqui dessa região, da dificuldade de renda, é muito relevante Pernambuco sair na frente e colocar isso à disposição do seu cidadão”, sugeriu.
De acordo com o ponto de vista do presidente da Ademi-PE, Rafael Simões, o Governo do Estado mostra sintonia com as políticas públicas implementadas em outros estados da federação. “É uma iniciativa muito boa e muito esperada porque mostra que o governo do estado está super antenado com o que está acontecendo no Brasil. Foi muito bem recebido pelo setor e mostra o empenho do estado”, pontou.
As inscrições para o programa já podem ser feitas no site https://morarbempe.com.br/.
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