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Em impasse com Governo, Alepe recebe professores e tenta votar reajuste

Presidente Álvaro Porto se reúne com os professores e vai colocar o reajuste na pauta da votação, apesar de os governistas estarem esvaziando sessões
A falta de quórum tem impedido de votar as matérias na Casa. Os professores vem proptestando contra a não votação do reajuste. Foto: Roberto Soares/Alepe
A falta de quórum tem impedido de votar as matérias na Casa. Os professores vem proptestando contra a não votação do reajuste. Foto: Roberto Soares/Alepe

Nada como o fim de semana para serenar os ânimos em meio a um conflito acirrado. Certo?  Errado. Pelo menos na disputa entre o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Se os últimos dias os dois lados escalaram nos confrontos, esta semana já começa acelerada com a sequência de uma pauta que não foi encerrada na semana passada e que promete capítulos tensos nos próximos dias.

Depois de duas tentativas frustradas de votação do projeto que prevê reajuste de  6,27% para os professores, pela ausência dos deputados governistas no plenário, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) terá uma reunião convocada pelo presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB). No encontro, ele reforçará o compromisso da Casa com os profissionais de Educação e que continuará mantendo o projeto na pauta até que ele seja aprovado. Diante do impasse na Alepe, os professores entram em greve nesta segunda-feira (9).

Presidente da Alepe, Álvaro Porto convidou o Sintepe e os professores para conversar sobre o reajuste salarial Foto: Roberto Soares/Alepe

“É com grande responsabilidade que me dirijo a todos os professores e representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Pernambuco. A educação é a base do nosso futuro e, sem dúvida, os profissionais que dedicam suas vidas a esta nobre missão merecem reconhecimento e valorização”, afirmou o presidente da Alepe.

Álvaro Porto acrescenta ser “inaceitável” que a categoria continue a ser prejudicada pelo esvaziamento das sessões.  “A Assembleia Legislativa de Pernambuco está do lado dos professores, e, juntos, lutaremos para que essa injustiça seja corrigida. A educação é uma prioridade e, com a aprovação deste reajuste, estaremos investindo no futuro do nosso estado”, completou Porto.

O problema é que os parlamentares governistas afirmam que nada mudou no fim de semana e que o esvaziamento do plenário deve voltar a ocorrer. No entanto, eles temem o prejuízo que a não aprovação de um projeto tão importante para uma categoria tão organizada e importante possa causar à imagem deles e do Governo. O Sintepe promete usar as redes sociais para denunciar os faltosos.  

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Na Alepe, governistas temem desgate

Além disso, alguns deputados estão preocupados com o rumo que o impasse está tomando. Temem que quanto mais tempo a briga continuar, mais difícil será uma solução. Além disso, acrescentam que há alguns integrantes na bancada que, ao invés, de colocar panos quentes, jogam gasolina no confronto, estimulando o acirramento.  

Convocados pelo Sintepe, os professores têm ocupado a galeria da Alepe para pressionar pela votação do reajuste Foto: Roberto Soares/Alepe

Nos bastidores do Governo, a avaliação é que não faz sentido aprovar um projeto e deixar de lado o empréstimo de R$ 1,5 bilhão e o indicado pelo Governo para ser o administrador de Fernando de Noronha. No entanto, ao não dar quórum, deixa de votar, além do reajuste para os professores, a aprovação para a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro), e projetos do Tribunal de Contas do Estado e do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Além do reajuste de 6,27% no piso da categoria, com valor mínimo de R$ 4.867,77 para jornada de 200 horas-aula mensais, o PLC 2968/2025 prevê aumentos entre 6% e 8% na grade de progressão da carreira, válidos a partir de 1º de junho de 2025. A proposta também inclui o primeiro ciclo avaliativo de desempenho dos profissionais da educação, programado para ocorrer em 2026.

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