Itaqui lança aliança para descarbonização de portos com adesão de Suape e Pecém

A decisão de Itaqui de criar o plano de descarbonização é inspirada na iniciativa que reúne os portos espanhóis.
aliança de portos
Signatários da ABDP, foi assinada na Intermodal/Foto: divulgação Porto de Suape

A noite de quarta-feira na 28ª Intermodal South America foi marcada pela adesão de diversos portos brasileiros à Aliança Brasileira de Descarbonização Portuária (ABDP). A iniciativa de criar a aliança foi do Porto de Itaqui (MA), que no ano passado, fez uma parceria estratégica com a Valencia Port, que opera o porto da cidade espanhola homônima.

Conforme Gilberto Lins, presidente do Porto do Itaqui, essa parceria deu início a um plano de descarbonização, elevando o Porto do Itaqui à posição de primeiro porto público do Brasil a aderir a um projeto tão inovador.

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Assim, a iniciativa de Itaqui de criar o plano de descarbonização é inspirada na iniciativa que reúne os portos espanhóis e representa um passo em direção a um futuro mais sustentável. A assinatura ocorreu no estande do porto maranhense.

Portos signatários

Ao todo, 14 portos do Brasil, além de empresas e entidades ligadas ao setor marítimo, assinaram a Declaração de Intenção de Ação Cooperativa que instituiu a ABDP. O principal objetivo da iniciativa é acelerar as ações de descarbonização no setor marítimo e portuário nacional, através da colaboração e do compartilhamento de experiências, tecnologias e informações. Trata-se de uma iniciativa pioneira que tem a intenção de transformar o cenário portuário do país.

Os principais portos do Nordeste estão entre os signatários, como Porto de Suape (PE) e Pecém (CE). O atracadouro pernambucano vai, inclusive, coordenar um dos grupos de trabalho (GT) sobre o tema com o Porto de Paranaguá (PR) e o próprio Porto do Itaqui (MA).

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“Estamos felizes em participar de uma mobilização como essa, que revolucionará o mercado portuário global. A iniciativa está em sintonia com outras ações que Suape desenvolve no território do complexo, como as ações que Suape vem desempenhado, notadamente o GT de Descarbonização da estatal, com foco no engajamento das empresas e stakeholders do território sobre o tema”, pontua o diretor-presidente do porto, Marcio Guiot.

O presidente de Suape destaca que o porto pernambucano tem executado projetos comprometidos com a transição energética, como o que é voltado ao Estoque de Carbono, que consiste na elaboração de um inventário na Zona de Preservação Ecológica do atracadouro (ZEPC). Guiot destaca ainda o projeto do Compliance Climático, que vai mensurar a emissão de gases de efeito estufa nos oito municípios (Cabo de Santo Agostinho, Escada, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Ribeirão, Moreno, Rio Formoso e Sirinhaém) do território estratégico da estatal.

Pecém

Também comprometida com a transição energética nacional, a direção do Porto do Pecém afirma que o atracadouro cearense tem avançando significativamente na eletrificação de suas operações. “Nosso compromisso com um ambiente mais sustentável é uma das nossas maiores prioridades. Desde 2015, seguimos crescendo no Índice de Desempenho Ambiental (IDA) da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), a partir das ações realizadas para estimular o desenvolvimento sustentável”, aponta Hugo Figueirêdo, presidente do Complexo do Pecém.

Hugo Figueirêdo
Hugo Figueirêdo, presidente do Porto de Pecém, assina declaração/Foto; divulgação

Atualmente, estima-se que cerca de 70% da movimentação no terminal do Pecém já esteja eletrificada, incluindo os guindastes para movimentação de contêineres e placas, além da esteira para o transporte de insumos para a siderúrgica da ArcelorMittal, principal cliente do Porto.

Neste primeiro momento, também compõem a aliança os portos do Paraná, de Açu e do Sudeste, além da Fundação Valencia, da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) e da Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias (ABEPH).

A Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos é uma extensão do sucesso da Aliança Espanhola, uma iniciativa que reúne portos há três anos para colaborar na descarbonização. “O objetivo da Aliança é criar um ambiente democrático para a troca de experiências, benchmarking e informações, impulsionando a pesquisa e a discussão sobre questões técnicas e regulatórias no setor marítimo brasileiro”, pontuou Luane Lemos, gerente de Meio Ambiente do Porto do Itaqui.

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