Segundo dados recentes do Banco Central (BC), as cooperativas de crédito crescem mais que os outros segmentos do Sistema Financeiro Nacional (SFN). A última edição anual do Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), mostra que a rede de 799 cooperativas singulares, 32 cooperativas centrais e quatro confederações, além de dois bancos cooperativos, garante presença física em 55,3% dos municípios brasileiros, com pelo menos uma unidade de atendimento. Tais unidades somam 9.122 em todas as regiões do país e têm representado, em alguns casos, a única alternativa presencial de acesso a serviços financeiros pela inexistência de agências bancárias tradicionais.
Em 2023, a Sicredi Recife chega aos 30 anos de fundação em Pernambuco. O crescimento da Sicredi Recife registra número superior a 19 mil associados e atua hoje na Região Metropolitana do Recife e Zonas da Mata Norte e Sul, com uma rede de atendimento de 6 agências nas cidades de Recife, Olinda, Paulista, Vitória de Santo Antão e Goiana, além de uma agência móvel.
Para o presidente da instituição, Floriano Quintas o crescimento é resultado do trabalho sério que vem sendo realizado para contribuir com o desenvolvimento da comunidade local e apoio as micros e pequenas empresas. “O crescimento das instituições financeiras cooperativadas é um caminho sem volta, é uma tendência que ganhará cada vez mais força nos próximos anos, resultado de muito empenho e trabalho para oferecer sempre a melhor opção de investimento, gerando credibilidade, confiabilidade e bons resultados para os associados”, ressaltou Floriano Quintas, presidente da Sicredi Recife.
Cooperativas de crédito
O dia 19 de outubro foi dedicado as comemorações do Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC). O Sicredi, instituição financeira cooperativa com presença em todo o país, celebra a data, instituída pelo Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu), que neste ano tem como tema “as cooperativas de crédito apoiam pessoas, impulsionam negócios e transformam comunidades”, mostrando como a instituição, por meio do modelo de negócio cooperativo, beneficia os associados e as regiões onde atua. Como ferramenta de transformação da sociedade, o Sicredi considera a sustentabilidade na gestão do negócio, com foco na ampliação do impacto positivo, gerando valor para os associados e comunidades.
A instituição integra o Pacto Global, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), fortalecendo a busca pelo desenvolvimento sustentável em todos os aspectos do negócio e reafirmando o compromisso na adoção dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) como norteadores das suas iniciativas. Um exemplo dos esforços realizados é o programa “Cooperação na Ponta do Lápis”, que leva o propósito cooperar para uma vida financeira sustentável, assumindo um papel de agente transformador e atendendo ao ODS 1 e 4. Em 2022, foram promovidas mais de 10 mil ações de educação financeira, que juntas impactaram mais de 20 milhões de pessoas dentre os diversos públicos contemplados pelo Programa Cooperação na Ponta do Lápis, em 1.404 municípios.
Benefícios do cooperativismo
No primeiro semestre de 2023, o Sicredi também divulgou o quarto estudo da série “Benefícios do Cooperativismo de Crédito” denominado “A Efetividade do Cooperativismo”, com o objetivo de analisar a relevância do atendimento físico para a inclusão financeira plena. Para a investigação, foram selecionados 235 municípios atendidos que não contam com agências de outras instituições financeiras e analisada uma amostra de dados entre 2018 e 2021.
A pesquisa mostrou ainda que a presença de cooperativas de crédito nos municípios resulta em uma alta de 5,6% na renda por pessoa, elevação de 6,2% no índice de empregos formais e aumento de 15,7% do empreendedorismo local. O cooperativismo se diferencia também pela possibilidade de estar presente em municípios a partir de 2,3 mil habitantes, enquanto outras instituições precisam de, pelo menos, 8 mil habitantes.
Associados que contam com agências em seus municípios passam a consumir 25% mais produtos após dois anos, em comparação aos atendidos somente pelo meio digital. Além disso, em termos de renda, foi apontado que o seguimento em questão consegue operar em municípios com PIB de pelo menos R$ 79 milhões, enquanto para os bancos é necessário um PIB mínimo de R$ 146 milhões.
Adicionalmente, 50% das agências de bancos privados estão em municípios com população de 21 mil habitantes. Entre as cooperativas, este indicador cai para 12 mil habitantes e no Sicredi 50% das agências estão em municípios com até 11 mil moradores. Quando observados os municípios com baixa urbanização (até 30% de população residindo em área urbana), 17% das agências do Sicredi estão nessas cidades. Nos bancos, este indicador cai para 10%.
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