Com Lula e governadores do NE, BNDES e FIDA destinam R$ 1,8 bi para Sertão

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Governadores do Nordeste estiveram ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta terça-feira (24/10), em Brasília. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Governadores do Nordeste estiveram ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta terça-feira (24/10), em Brasília. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta terça-feira (24), em Brasília, do anúncio do Projeto Sertão Vivo, Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste. A iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), das Nações Unidas, vai destinar R$ 1,8 bilhão a 439 mil famílias no semiárido nordestino, para ações que contribuirão para o combate à fome e aos efeitos das mudanças climáticas.


Durante o evento no Palácio do Planalto, o BNDES e o FIDA assinaram o contrato de financiamento dos recursos que serão disponibilizados para todos os nove estados da região, que tiveram os projetos aprovados no âmbito do edital lançado em julho deste ano.


O governador da Paraíba e presidente do Consórcio Nordeste, João Azevêdo, representou os nove estados da Região. “O Nordeste tem a sua grande maioria dos municípios dentro da região do semiárido. Isso é fundamental que projetos como esse sejam complementares. Projetos que irão na direção daquilo que já foi pensado há muito tempo, implantado há muito tempo, que começa a surtir e gerar os efeitos que a gente espera, como as obras da transposição de São Francisco. Essa grandiosa obra que modificou o perfil econômico de várias regiões do Nordeste, ela se complementa agora com obras, com projetos como esse. A participação do FIDA nesse processo é fundamental. Vários estados do Nordeste já têm atuação do FIDA”, disse João Azevedo.


O governador paraibano ainda lembrou de outros projetos desenvolvidos no seu estado com políticas implementadas por meio da agricultura familiar. “A Paraíba é um desses estados, implementou um projeto extraordinário de mais de 26 milhões de dólares chamado Procase I. Estamos trabalhando com o Procase II, agora, são mais de 100 milhões de dólares investidos na agricultura familiar, juntamente com o projeto cooperado Banco Mundial, mais de 80 milhões de dólares, demonstrando claramente que a agricultura familiar, quando financiada e recebendo os investimentos devidos, ela dá resposta naquilo que é mais importante para a gente, que é a produção de alimentos e a produção de alimentos com toda a qualidade necessária”, afirmou Azevedo.

PERNAMBUCO


Cerca de 75 mil famílias que vivem em 55 municípios do Sertão e Agreste pernambucanos serão contempladas com uma iniciativa no valor de R$ 300 milhões que irá garantir acesso à água e ampliar a capacidade de produção da agricultura familiar. O projeto Raízes Resilientes, que tem o objetivo de reduzir o impacto da mudança climática, apresentado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), foi classificado, nesta terça-feira (24), por edital lançado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A iniciativa será contemplada por meio do Projeto Sertão Vivo.


“Pernambuco foi contemplado com o valor de R$ 300 milhões, que serão diretamente investidos na agricultura familiar para garantir o acesso à água para os agricultores pernambucanos. É preciso tornar nossas cidades mais resilientes, permitindo a convivência no semiárido nordestino. Nosso projeto é permitir o apoio à agroecologia, construção de cisternas, sistemas simplificados de abastecimento e extensão rural. Iremos garantir o benefício para 75 mil famílias, que terão mais qualidade de vida onde moram, e estamos celebrando mais essa conquista para Pernambuco”, destacou Raquel Lyra.

Pesquisa

O presidente Lula cumprimenta o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ao lado dos vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Rui Costa. Foto: Ricardo Stuckert/PR


O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que não é apenas um projeto social, mas um campo de pesquisa estratégico diante do cenário de eventos climáticos extremos. Segundo ele, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) também é uma das parceiras do projeto.


“Nós tivemos o ano mais quente da histórica da terra, o mês mais quente, o dia mais quente da história da terra agora. E 98% da previsão meteorológica [indicam] que os cinco próximos anos serão ainda mais quentes do que este”, destacou. “A caatinga…o semiárido é uma região que historicamente foi exposta à ausência de recursos hídricos, ao sol intenso, a variações de temperatura e ao aquecimento”, lembrou Mercadante.


“O que estamos olhando para essa experiência? Como que o planeta vai se defender do aquecimento global em áreas que podem viver o cenário que o Nordeste conhece, com tecnologia social, com toda a experiência de utilizar bem a água, de procurar água, de reúso da água, quais são as variedades que a gente tem que produzir para uma alimentação saudável. Não é só um projeto social, é também um imenso campo de pesquisa para um projeto portador de futuro não só no Brasil mas que a FAO vai se inspirar para levar para outras regiões, por exemplo, da África”, explicou o presidente do banco.


A parceria entre BNDES e FIDA vai apoiar projetos nos estados da Região Nordeste que promovam o aumento da resiliência climática da população rural do semiárido brasileiro, incluindo agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais, como povos indígenas, fundo de pasto e quilombolas.

Beneficiados por estado:


Os beneficiados receberão capacitação e deverão adotar princípios e práticas que proporcionem acesso à água, aumentem a produtividade e a segurança alimentar de suas famílias, ampliem a resiliência dos sistemas de produção agrícola, restaurem ecossistemas degradados e promovam a redução das emissões de gases do efeito estufa.

O Projeto Sertão Vivo é acompanhado pelo Consórcio Nordeste, grupo formado pelos nove governadores da região.


Inicialmente, apenas quatro estados seriam contemplados, mas o BNDES anunciou a ampliação do projeto com recursos próprios. Do total de verbas, os governos estaduais terão financiamento de R$ 1,5 bilhão e R$ 300 milhões são recursos não reembolsáveis (sem a necessidade de devolução).
Agência especializada das Nações Unidas, o FIDA opera com recursos do Green Climate Fund (GCF), braço da ONU que financia com juros baixos a adoção das metas do Acordo de Paris.

Presença de Lula


Esse foi o primeiro evento público do presidente Lula após a cirurgia a que foi submetido, em 29 de setembro, para restauração da articulação do quadril direito. Ele não discursou na cerimônia. Nessa segunda-feira (23), o presidente já havia voltado a cumprir agendas internas no Palácio do Planalto. Até então, ele estava se recuperando e despachando na residência oficial, no Palácio da Alvorada.

O presidente da República tinha artrose na cabeça do fêmur do quadril direito, que é um desgaste na cartilagem que reveste as articulações, o que causa dores e até limitações de movimento. Nos últimos meses antes da cirurgia, ele vinha se queixando de dores com mais frequência.

Lula foi submetido a uma artroplastia total do quadril, procedimento que substitui a articulação do quadril doente por uma prótese artificial. Além dela, ele passou por uma blefaroplastia, cirurgia plástica para retirar o excesso de pele das pálpebras.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também participou da solenidade de hoje, no Palácio do Planalto.

*Com informações da Agência Brasil
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