Prefeituras estendem faixas em protesto por queda de receitas

A campanha é realizada pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe)
Prefeitura de Glória do Goitá. Foto: Divulgação

Prefeituras pernambucanas estenderam faixas pretas em protesto pela queda nas receitas municipais, em especial no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e na alíquota do ICMS. “Chega de queda de receitas e aumento das despesas” e “Recomposição de perdas do ICMS é urgente”, são algumas das frases que estampam os materiais. A campanha é realizada pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).

Prefeitura de Paudalho. Foto: Divulgação.

Outra reivindicação expressa nas faixas é a “Aprovação do 1,5% do FPM já”, um dos principais pleitos dos prefeitos e prefeitas de Pernambuco para auxiliar no custeio do piso da enfermagem. Ainda neste mês de agosto, a Associação vai promover uma campanha de rádio e TV para conscientizar a população sobre os riscos que os serviços públicos enfrentam com o atual cenário financeiro das cidades.

- Publicidade -
Prefeitura de Flores. Foto: Divulgação.


Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), 51% dos municípios estão no vermelho neste semestre, devido à diminuição de receitas e aumento das despesas. Além da queda de 23,54% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), neste mês de agosto, os municípios também amargam represamento das emendas parlamentares e atraso no repasse dos royalties de minerais e petróleo.

Prefeitura de Rio Formoso. Foto: Divulgação.
Prefeitura de Bonito. Foto: Divulgação.

Mobilização em Brasília

A presidente da Amupe, Márcia Conrado (PT), participou do encontro promovido pela CNM para encaminhar pautas municipalistas. Foto: CNM

Na semana passada, a presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), participou da Mobilização Municipalista, que reuniu quase 2 mil gestores municipais, sendo 1,4 mil prefeitos, na sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília.

“Nossa luta é a luta de todo o Brasil. Unidos, mostraremos que os municípios são, verdadeiramente, a base do federalismo brasileiro e, por este motivo, necessitam ser priorizados pelos poderes legislativo e executivo federais. Vamos em busca de medidas frente a crise financeira de forma a assegurar recursos para promover ações que impactam diretamente na melhoria de vida da população pernambucana”, disse Márcia Conrado.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, dialogou junto aos municipalistas sobre os interesses dos participantes na reforma tributária e a crise que tem se agravado neste nos municípios com o aumento das despesas e as recorrentes quedas nas receitas. Durante a mobilização, Ziulkoski apresentou um estudo completo elaborado pela entidade de mostra que a cada R$ 100 que são arrecadados por pequenos Municípios, R$ 91 são utilizados para o pagamento de pessoal e custeio da máquina pública. Assim, mais de 51% dos Municípios estão no vermelho. O estudo avalia uma série de realidades e elenca as consequências práticas das medidas que oneram os municípios no primeiro semestre de 2023.

“Mais da metade dos municípios estão no vermelho, as receitas estão caindo e as despesas crescendo. Nós elaboramos um estudo completo que comprovam essa situação. Aí estão esses números, vocês podem pegar esse estudo e apresentar para seus parlamentares e cobrar a aprovação do arcabouço fiscal”, explicou o presidente da CNM.

Leia também:
Miguel Coelho na secretaria de Turismo do Recife?
PT deve apoiar candidatura de Elias Gomes a prefeito de Jaboatão em 2024
Humberto e Túlio comandam diligência sobre metrô nesta segunda no Recife
Revelações de hacker apenas na CPMI levam PF a marcar novo depoimento nesta sexta
Delgatti diz que Bolsonaro prometeu indulto em caso de grampo contra Moraes 
Ministros Renan Filho e Rui Costa garantem duplicação da BR-232 até Serra Talhada
Presidente da CNM e Márcia Conrado levam pleitos ao Senado e Câmara

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -