Porto do Pecém chega ao 21 anos como protagonista na transição energética

Até agora já foram assinados três pré-contratos que somam US$ 8 bilhões em investimentos em Pecém.
Porto de Pecém
Porto de Pecém/Foto: divulgação/Fotos: divulgação Pecém

O Porto do Pecém completou 21 anos de história no último dia 28 de março. Respondendo por 50% das exportações cearenses, o atracadouro assumiu o papel de protagonista na transição energética do País com seus projetos de Hidrogênio Verde. O Terminal Portuário – que integra o Complexo do Pecém juntamente com a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e a área industrial – está se modernizando para receber o Hub de Hidrogênio Verde.

Até agora já foram assinados três pré-contratos que somam US$ 8 bilhões em investimentos. Para que esses contratos se concretizem e que seja possível operar a exportação de 1 milhão de toneladas de H2V pelo Pecém, será necessário um investimento de R$ 2,2 bilhões até 2027.

“Essa projeção inclui recursos da CIPP e também das empresas: R$ 1 bilhão desse total deve ser aplicado pelo Complexo, enquanto os outros R$ 1,2 bilhão serão desembolsados pelas empresas do setor instaladas no Pecém”, destaca o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo.

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Hugo Figueiredo
Hugo Figueiredo, presidente do Porto de Pecém

Essas melhorias vão beneficiar o Complexo do Pecém como um todo, inclusive o projeto da Transnordestina, e não somente os ligados ao H2V. A projeção é de que deve ser criado um corredor de utilidades, por onde vão circular os dutos de amônia, gás natural, hidrogênio e a rede de energia elétrica.

“Já as empresas devem construir os dutos, a tancagem desses combustíveis e o terminal para receber a produção e embarcar no Porto do Pecém”, completa Hugo. Ele explica que, no Porto, dentre as obras que cabem ao Complexo, o píer 2 deve sofrer adaptações para a operação de amônia e hidrogênio verde. Além disso, uma nova subestação deve ser feita para garantir que haja energia suficiente para os eletrolisadores (usinas onde é gerado o H2V).

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História do Pecém

Em dezembro de 1995, o decreto da Assembleia Legislativa do Ceará, sancionado pela Lei n.º 12.536 /95, criava a Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos), vinculada à Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), que seria a responsável pela administração do Terminal Portuário do Pecém e por promover o desenvolvimento econômico do Estado do Ceará. Somente em 2002, era inaugurado o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante (RMF). Em 2018, teve início a parceria com o Porto de Roterdã, na Holanda, que hoje detém 30% do controle do Complexo do Pecém.

A história que teve início com o Porto do Pecém seguiu para transformar a área em um complexo que atraiu o maior investimento da história do Estado: a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), construída em 2008, hoje ArcelorMittal. Em abril deste ano, terá início a obra do segundo maior investimento da história do Ceará: a termelétrica Portocem, com recursos na ordem de R$ 4,7 bilhões e que deve entrar em operação comercial em 2026. Atualmente, o porto conta com movimentação média anual superior a 18 milhões de toneladas nos últimos cinco anos e recorde de movimentação de contêineres em 2022.

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