União inclui o trecho Salgueiro-Suape da Transnordestina no PAC 3

A implantação de uma ferrovia vai impactar positivamente a economia de Pernambuco e dos Estados vizinhos
Transnordestina
O trecho pernambucano das obras da Ferrovia Transnordestina estão paralisadas desde 2016. Foto: Agência de Desenvolvimento do Piauí.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai lançar nesta sexta-feira (11),no Rio de Janeiro, o terceiro Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-3) que vai incluir recursos para que sejam retomadas as obras do ramal Salgueiro-Suape da Ferrovia Transnordestina, paralisadas desde 2016. Uma das obras indicadas pelo governo de Pernambuco para receber recursos foi justamente a ferrovia, projeto em torno do qual estão unidos todas as forças políticas do Estado, além dos empresários.

A conclusão deste trecho da ferrovia vai trazer mais competitividade à economia de Pernambuco e dos Estados vizinhos. A expectativa é de que o PAC 3 destine cerca de R$ 450 milhões para a retomada das obras do trecho Salgueiro-Suape da Transnordestina. Esta parte da ferrovia tem 548 quilômetros, dos quais 180 kms foram executados. A estimativa é de que as obras precisem de R$ 5 bilhões para serem concluídas.

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Mais aguardado do que a inclusão dos recursos no PAC é a curiosidade sobre qual será a solução que o governo federal vai dar para resolver os imbróglios das obras da Ferrovia Transnordestina, iniciadas em 2006 e que já fez parte de outro PAC num governo petista. As principais pedras no meio do caminho são quem será o operador deste empreendimento, que ainda tem uma concessão ligada às empresas do empresário Benjamin Steinbruck.

PAC 3

A expectativa é de que o PAC 3 anuncie investimentos da ordem de R$ 60 bilhões por ano, além de concessões públicas e Parcerias Público-Privadas (PPPs). As obras do PAC 3 serão principalmente nas áreas de transportes, infraestrutura urbana, saneamento básico e energia. Especialistas dizem que se a Usina Angra 3 não entrar neste pacote, ficará inacabada pelos próximos anos.

Entenda os nós da Transnordestina

Inicialmente, a Transnordestina começava no Sul do Piauí seguindo até Salgueiro. De lá, se dividia em dois trechos, um com destino ao Porto de Pecém, na Grande Fortaleza, e o outro viria para o Porto de Suape, na Região Metropolitana do Recife.

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A empresa responsável pelas obras, a Transnordestina Logística S. A. (TLSA) anunciou há mais de dois anos que não tinha interesse em concluir o trecho pernambucano. A TLSA faz parte das empresas que pertencem ao empresário Benjamin Steinbruck, um dos donos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Os principais imbróglios envolvem como vai ficar a parte já construída que passa por Pernambuco – que foram construídos pela TLSA -, qual é a empresa que vai operar a ferrovia, entre outros. A exclusividade para operar trens no Nordeste é de uma empresa subsidiária da CSN que ganhou a concessão para operar a ferrovia existente na região conhecida como a antiga Malha Nordeste, que começava em Propriá, em Sergipe e ia até a cidade de São Luís, no Maranhão. Com essa concessão, a região viu o trem praticamente desaparecer. Atualmente, só funciona um pequeno trecho ferroviário entre o Ceará e o Maranhão.

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