Pernambuco unido no pedido de retomada das obras Salgueiro-Suape da Transnordestina

As obras da Ferrovia Transnordestina começaram em 2006 e estão inacabadas até hoje.
O futuro do desenvolvimento de Pernambuco passa pela conclusão das obras do trecho Salgueiro-Suape da Transnordestina
A classe política e empresarial de Pernambuco se uniu para pedir ao governo federal a retomada das obras do trecho Salgueiro-Suape da Ferrovia Transnordestina. Foto: Jonatha Guedes/Divulgação Fiepe

Por Angela Fernanda Belfort e Patrícia Raposo

Pernambuco se une num grande ato a favor da Ferrovia Transnordestina, que deixou de lado os interesses políticos – falando no aspecto mais partidário -, colocando num mesmo palco a governadora Raquel Lyra (PSDB),  a ministra Luciana Santos (PCdoB), o deputado federal Sílvio Costa Filho (Republicanos), e o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, historicamente ligado ao PSB, e os senadores pelo PT, Humberto Costa e Teresa Leitão. No meio empresarial, 31 entidades represando indústria, comércio e serviços aderiram ao manifesto que pede a retomada das obras do trecho Salgueiro-Suape da Ferrovia Transnordestina. Eles querem também a inclusão deste empreendimento no Plano Plurianual (PPA) do governo federal de 2024 a 2027. 

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Na manhã desta segunda-feira (17), o manifesto foi lançado, num evento na sede da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). O documento foi assinado por 31 entidades empresariais, indo desde a tradicional Fiepe, o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE) e até a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação de Pernambuco e Paraíba Movimentos Atitude Pernambuco, Movimento Pró-Pernambuco, Amcha e Softex, Porto Digital, Fecomércio-PE e CDL-Recife. 

“Não é a questão de ser contra o ramal de Pecém, mas é que temos que ser a favor do Ramal Salgueiro- Suape.  A Fiepe sempre procura as pautas que provocam o desenvolvimento e o progresso de Pernambuco. É importante olhar o mapa ferroviário brasileiro, porque se não houver esse trecho de Pernambuco, será um grande vazio no Nordeste, prejudicando muito o desenvolvimento da região”, diz o presidente da Fiepe, Ricardo Essinger.

Presente ao evento, a governadora Raquel Lyra (PSDB) defendeu que a conclusão da obra não beneficia só Pernambuco, mas os Estados vizinhos que podem construir os seus ramais no futuro. Ela disse também que o Porto de Suape oferece a melhor infraestrutura ( comparando com o Porto de Pecém) e pode se tornar um portão para o mundo com a integração à ferrovia. O empreendimento pode viabilizar novas exportações por Suape, como por exemplo, o minério de ferro. 

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A governadora também contou que será feito um estudo de viabilidade de cargas para mostrar o quanto é viável o trecho Salgueiro-Suape da Transnordestina.

Raquel tem planos de atrair R$ 9 bilhões em investimentos para Pernambuco durante seu governo, contando com a ferrovia e obras em ao menos quatro rodovias, além da implantação do Arco Metropolitano. A governadora quer tirar do papel obras como a triplicação da BR 232 de São Caetano a Arcoverde, e depois até Sertânia. Também quer requalificar a BR-232 no trecho de Moreno, que sofre com alagamentos.  

O Superintendente da Sudene, Danilo Cabral, informou que a Transnordestina como um todo é estratégica para o Brasil e foi incluída no o Plano de Desenvolvimento Regional do Nordeste (PDRN) que também deve ser incluído no PPA do governo federal.  

Em prol da Transnordestina

Os organizadores do movimento a favor da Transnordestina foram a Fiepe, a Amcham e o Grupo Atitude Pernambuco.  “A classe empresarial mostrou unidade em prol da Transnordestina”, comentou o diretor executivo do Atitude, Roberto Abreu e Lima. 

Presidente do Conselho Regional da Amcham Recife, Paulo Sales, disse que a conclusão da Transnordestina pode viabilizar um dos equipamentos muito importantes para o desenvolvimento local, uma siderúrgica. 

Com a conclusão da Transnordestina, seria instalado um terminal para receber o minério de ferro que pode ser extraído de minas no Sul do Piauí e também do Rio Grande do Norte.

Além das organizadoras, as entidades que assinaram o manifesto foram: Fecomércio-PE, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Pernambuco (Faepe), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abiamaq), Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC), Associação Comercial de Pernambuco, Associação Pernambucana de Direito Aduaneiro e Fomento ao Comércio Exterior, Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce), Assespro-PE/PB, Assesuape, Avipe, CDL Recife, Ciepe, Crea-PE, FCDL, Movimento Pró-Pernambuco, Porto Digital, Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco, Seprope, Sindicato das empresas de Segurança e Transportes de Valores de Pernambuco, Simmepe, Sindaçúcar-PE, Sinduscon-PE, Sindusgesso, Softex, Valexport e Instituto do Vinho do Vale do São Francisco.

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