Copergás vai investir R$ 986 mi até 2029

Dos investimentos a serem realizados pela Copergás, cerca de 70% serão destinados ao interior
Felipe Valença - Copergás
O presidente da Copergás, Felipe Valença, explica que o atual investimento vai ocorrer porque os sócios concordaram em diminuir os dividendos. Foto: Divulgação/Copergás

A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) anunciou, nesta quinta-feira (22), que vai realizar um investimento de R$ 986 milhões até 2029. Isso significa 65% a mais que o previsto anteriormente, R$ 596 milhões. “Fizemos uma revisão do planejamento estratégico e os sócios concordaram em diminuir os dividendos. Vão ser distribuídos 25% do resultado como dividendos, que é o mínimo exigido pela Lei da S.A”, resume o presidente da empresa, Felipe Valença.

Ele argumenta que esta mudança trouxe mais R$ 350 milhões a serem investidos pela empresa. O novo patamar de investimentos é reflexo da recuperação de margem e nova política de dividendos. A anterior distribuía 100% do resultado entre os acionistas. Como os acionistas vão ficar com 25% do resultado, os 75% restantes serão investidos em Pernambuco. O plano estratégico foi revisitado e os três sócios da empresa concordaram em diminuir os dividendos.

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“Os investimentos têm um olhar especial para o interior do Estado. Cerca de 70% do total de investimento vai para o interior”, comenta Felipe. A intenção da empresa é fazer o gás natural chegar ao polo gesseiro, no Sertão do Araripe, em 2025. Em abril próximo, a empresa já vai fazer o primeiro teste com um cliente em Araripina. E, no segundo semestre deste ano, vai lançar uma chamada pública para contratar o gás que será levado aquela região.

Eixos estratégicos da Copergás

A Copergás definiu a sua atuação em cinco eixos estratégicos: ser agente do desenvolvimento econômico regional; realizar um adensamento do gás natural fornecido às residências; a sustentabilidade, a mobilidade – estimulando uma maior frota de carros convertidos ao Gás Natural Veicular (GNV) – e a inovação. “Somos uma empresa de infraestrutura, e quando se leva infraestrutura, chega também o desenvolvimento para todas as regiões de Pernambuco”, argumenta Valença.

Estes eixos estratégicos se conectam. Por exemplo, a chegada do gás no Araripe faz parte do eixo de desenvolvimento regional, mas é uma questão também de meio ambiente. Há estimativas de que o polo gesseiro está consumindo 6 milhões de árvores da caatinga por ano e que a lenha usada nos fornos está sendo extraída num raio de 350 quilômetros. “As pautas ESG terão maior prioridade”, explica Felipe. Em inglês, a sigla ESG significa a implantação de ações que levem em conta o meio ambiente, os aspectos sociais e a governança.

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No adensamento, a companhia pretende – aproveitando a rede de gasodutos já existente – para ampliar a base de clientes residenciais, que hoje são cerca de 80 mil casas – e passar a fornecer o gás natural para 94 mil moradias, beneficiando mais de 300 mil pessoas.

Ainda no área de sustentabilidade, a empresa planeja começar a distrubuir o biometano – que não possui gás carbônico – no último trimestre deste ano. O biometano não é de origem fóssil e é produzido a partir de resíduos orgânicos. O que vai entrar nos dutos da Copergás vai sair do Eco Parque da Muribeca e poderá chegar até a 8% de todo o gás distribuído pela empresa.

A Copergás comercializa cerca de 1,6 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia. Deste total, 70% são destinados às indústrias. A empresa tem como sócios: o Governo de Pernambuco, a Mitsui Gás e Energia do Brasil e a Commit Gás.

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