ONU busca parceiros para ação de R$ 150 milhões em Maceió

Programa vai identificar lideranças, coletivos e organizações da sociedade civil que possam colaborar com projeto de reparação dos danos da Braskem em Maceió
Braskem
Bairros acabaram afundados em Maceió pelas minas da Braskem. Programa Nosso Chão, Nossa História será custeadi pela ONU. Foto: Observatório da Mineração

O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) lançou um chamado público para lideranças comunitárias, coletivos e Organizações da Sociedade Civil (OSCs) interessadas em colaborar com a reparação de danos morais coletivos em Maceió, em função do afundamento de cinco bairros da capital alagoana.

O objetivo é criar um banco com informações sobre possíveis parceiros para a implementação do programa de reparação, batizado de Nosso Chão, Nossa História. O programa prevê destinar R$ 150 milhões em quatro anos para o custeio dos trabalhos.

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O programa da ONU foi instituído pelo Comitê Gestor dos Danos Extrapatrimoniais (CGDE), grupo criado no âmbito do acordo socioambiental firmado em 2020, que responsabilizou a Braskem pela reparação dos danos morais coletivos causados pelo afundamento nos bairros Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Farol. Os valores anunciados serão operacionalizados pelo UNOPS, cujas prioridades são definidas pelo Comitê Gestor.

O mapeamento dos potenciais parceiros é etapa fundamental para o programa. “Com esse banco de dados, teremos contatos e informações sobre as áreas de atuação de organizações da sociedade civil e grupos que atuam em Maceió, para saber como eles podem apoiar a execução do Nosso Chão, Nossa História, destaca Dilma Marinho de Carvalho, presidente do CGDE. A expectativa é que os primeiros editais para a implementação de projetos sejam lançados em junho.

ONU vai oferecer capacitações

Os interessados devem preencher o formulário com informações sobre sua área de atuação, histórico de trabalho e participação social. É necessário também fornecer dados sobre a relação com os bairros atingidos. “Encorajamos a participação de coletivos e lideranças comunitárias, independentemente de seu registro formal. Isso porque, no futuro, o programa deve oferecer capacitações e fomento a organizações da sociedade civil, para garantir uma ampla representação”, afirma o gerente do programa pelo UNOPS, Bernardo Bahia.

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Com esse mapeamento, o UNOPS e o Comitê Gestor esperam dimensionar o trabalho das OSCs e outros grupos para executar projetos, classificando-os por área de atuação e capacidade técnica. Além disso, espera-se verificar qual a demanda por formalização e outros tipos de capacidades, para promover atividades que aumentem a participação da sociedade civil organizada.

“O desastre da mineração de sal-gema causou intensos danos morais coletivos, cuja reparação está sendo endereçada segundo os anseios da própria comunidade, representada pelo Comitê Gestor.

Com o mapeamento das organizações da sociedade civil locais, será possível viabilizar o engajamento dos munícipes na execução das ações reparatórias, garantindo assim a participação direta da população nesse processo de reconstituição de vidas e superação de dores”, diz Juliana Câmara, procuradora da República do Ministério Público Federal de Alagoas, responsável pelo acordo que permitiu o repasse dos recursos.

*Com informações de Assessoria

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