Com Programa Líder, Sebrae cria territórios em torno da inovação

Reunindo lideranças de vários setores para entender os problemas locais, o Sebrae tem promovido um movimento interessante no interior do estado.
Inovação Sebrae
Foto: Pixabay

A nova direção do Sebrae-PE está empenhada em disseminar a inovação e o desenvolvimento tecnológico entre os pequenos negócios pernambucanos. O entendimento é que este é o melhor caminho para tirar o estado da estagnação econômica em que se encontra. A economia de Pernambuco sempre cresceu acima da média nacional, mas isso se reverteu no ano passado. Enquanto o PIB do Brasil alcançou 2,9%, o de Pernambuco cresceu apenas 0,7% em 2022.

“Queremos dar protagonismo aos pequenos negócios para que contribuam com o desenvolvimento do estado e esses negócios precisam de inovação”, resume o Murilo Guerra, diretor superintendente do Sebrae-PE, à frente do cargo desde janeiro.

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Murilo Guerra entende que com inovação as pequenas empresas podem ganhar produtividade e alcançar o mercado internacional. “A inteligência artificial e a automação são elementos que têm que fazer parte dos pequenos negócios”, ressalta.

Sebrae reúne lideranças

Dentro dessa perspectiva, o Sebrae escolheu 26 municípios para serem trabalhados através do programa Lider (Liderança para o Desenvolvimento Regional). Conduzido pelos seus escritórios situados no interior do estado, o programa já mobilizou lideranças no Agreste Central e no Agreste Meridional. Em abril, foi a vez do Sertão do Pajeú receber o programa.

Reunindo diversas lideranças, de vários setores, para entender os problemas locais, identificar as potencialidades e resolver gargalos, o Sebrae tem promovido um movimento interessante nessas regiões do estado, com a elaboração de agendas de prioridades. O documento é composto por alguns pilares estratégicos que podem contribuir para o desenvolvimento da região, com prioridade para projetos nas áreas de educação, inovação, agropecuária, serviços e turismo. 

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Murilo Guerra
Murilo Guerra, diretor superintendente do Sebrae-PE

No Sertão do Pajeú, 36 lideranças ajudaram a traçar as metas e estratégias para fortalecer os oito municípios que formam o território. Segundo Guerra, é uma construção coletiva e o objetivo é desenvolver social e economicamente cada território.

“A ideia é que as agendas se tornem políticas públicas. Com elas, podemos chegar juntos aos representantes do Executivo e do Legislativo para destravar os gargalos que impedem o desenvolvimento”, revela. O documento tem força porque é um pleito conjunto da sociedade. E não é só de um município, mas de vários.

Alguns resultados já foram alcançados. O certificado municipal que garante a comercialização de produtos agropecuários, por exemplo, antes restrito ao município emissor, passou a ser aceito nos territórios formados pelo Sebrae. “Com isso, o produtor, o comerciante, amplia a sua área de atuação e de vendas”.

As 36 lideranças que assinaram a Agenda do Pajeú representam entidades públicas e privadas, além de associações e sindicatos sediados nos municípios de Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Flores, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Egito, Serra Talhada, Tabira e Triunfo. Juntos, reúnem 250 mil pessoas que vivem na bacia do Rio Pajeú, região que se destaca pela agropecuária, serviços, comércio e experiências em torno da cultura, com destaque para a música e a literatura de cordel. A meta é que as propostas que constam nas agendas sejam colocadas em prática até o ano de 2030.

Tecnologia

Numa outra frente, Sebrae tem fomentado startups sediadas em Pernambuco através do Bolsa Sócio Empreendedor. Na atual temporada 50 startups serão aceleradas através das Bolsas de Estímulo à Inovação (BEI), que destinam R$ 6.500,00 mensais, ao longo de seis meses para ajudar os negócios, e fornece 30 horas de mentoria personalizada. O objetivo desse programa é ajudar as startups que estão iniciando a operação no mercado, mas ainda não consegue sobreviver do negócio.

No ano passado, 100 bolsas foram disponibilizadas em apenas uma chamada. Com R$ 3,9 milhões investidos em 100 bolsas de R$ 39 mil, foram contempladas startups em fase de validação do negócio e no mercado. Este ciclo terminou em fevereiro de 2023 e já conta com startups que apresentam bons resultados, que captaram outros investimentos e estão ativas no mercado.

“E neste ano, a gente quer lançar novamente pelo menos 100 bolsas, mas em chamadas separada. Em vez de fazer uma única chamada de 100, vamos chamar 50 agora e a outra metade no segundo semestre, proporcionando mais ciclos para novas startups terem capacidade de captar”, completa Guerra.

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