Conta de luz de residências baianas vai aumentar 20,73%

Ainda de acordo com a Aneel, quando se faz o encontro de contas entre o reajuste tarifário com o término da cobrança da bandeira de escassez hídrica, a economia gerada para as residências foi mínima.

As contas de luz dos consumidores residenciais da Bahia terão um aumento de 20,73% a partir da próxima sexta-feira (22). Para se ter uma ideia de como a energia aumentou, basta comparar com a inflação oficial do País, o IPCA,  que ficou em 11,30% nos últimos 12 meses (encerrando em março passado). O reajuste anual da Coelba – a distribuidora que pertence ao Grupo Neoenergia e que entrega a energia em toda a Bahia – foi definido na reunião da diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira (19). 

Coelba
A Coelba atende 6,3 milhões de unidades consumidoras/Foto: reprodução da internet

É bom lembrar que a partir deste reajuste os consumidores de todo o País vão começar a pagar o custo da desorganização e de falta de planejamento com relação ao setor elétrico. No ano passado, foram despachadas as térmicas que produzem energia mais cara por causa da crise hídrica que atingiu os reservatórios das principais hidrelétricas do Sudeste/Centro- Oeste do País e houve até risco de racionamento de energia.

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Conta de luz

A partir do dia 16 de abril, todos os consumidores de todo o País deixaram de pagar a bandeira de escassez hídrica – que acrescentava uma cobrança na conta de luz de R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. A finalidade da bandeira deveria ser a de bancar o custo mais caro para gerar energia, quando ocorresse algum problema como a crise hídrica, que aumentou o custo da produção elétrica. No entanto, o valor arrecadado não cobriu as despesas das distribuidoras e a conta, mais uma vez, sobrou para o consumidor final, que agora vai arcar com o reajuste acima da inflação.

Ainda de acordo com a Aneel, quando se faz o encontro de contas entre o reajuste tarifário com o término da cobrança da bandeira de escassez hídrica, a economia gerada para o consumidor residencial foi mínima: “A combinação do reajuste tarifário aprovado nesta terça-feira com o término da cobrança bandeira escassez hídrica resultou em um efeito tarifário para o consumidor B1 residencial convencional de -1,58%”, diz o comunicado da Aneel.  

Ou seja, a retirada da bandeira foi nada perto do reajuste que vai ser cobrado nos próximos 12 meses. E, provavelmente, este custo da energia mais cara em 2021 ainda vai deixar salgado os próximos reajustes anuais. 

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Segundo informações da Aneel, os custos de transmissão e os componentes financeiros, por sua vez, geraram impacto negativo no reajuste dos baianos.  Na Bahia, os reajustes foram em média de 20,54% para a alta tensão – consumidores como grandes indústrias – e de 21,35% em média para a baixa tensão, o que inclui além dos residenciais pequenos comércios e empresas. 

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