Pernambucanos terão um alívio de 13 dias na conta de luz

A cobrança da bandeira de escassez hídrica deixará ser realizada a partir de 16 de abril. Mas reajuste anual da conta de luz será em 29 deste mês

Por Angela Fernanda Belfort

Os pernambucanos terão uma alívio na conta de luz – mais barata – somente por 13 dias este mês. A partir do dia 16 de abril será suspensa a cobrança da bandeira de escassez hídrica da conta de luz de todos os brasileiros. Isso significa que será retirada uma cobrança de R$ 14,20 para cada 100 quilowatts (kWh) consumidos. No entanto, no dia 29 de abril, deve entrar em vigor o reajuste anual da Neoenergia Pernambuco, que deve ficar acima de dois dígitos, segundo especialistas do setor.

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Sistema de bandeiras determina acréscimo na conta de energia de acordo com o custo de produção/Foto: Beth Santos/Secretaria-Geral da PR

O reajuste anual da conta de energia será salgado, porque neste próximo aumento os consumidores começarão a pagar pelos empréstimos realizados para compensar as despesas que as distribuidoras tiveram por comprar a energia mais cara, como consequência da grave crise hídrica de 2021, que atingiu as hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste, responsáveis por cerca de 70% da geração hidráulica do País.

A bandeira de escassez hídrica entrou em vigor em setembro do ano passado e deveria ser cobrada até o final de abril. No entanto, no final da noite desta quarta-feira (06), o Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico anunciou o fim da cobrança desta bandeira para o dia 16 de abril. Desde o ano passado, a crise de energia trouxe desgaste político para o presidente Jair Bolsonaro (PL), além de deixar claro a falta de planejamento do setor elétrico que ocorre no País há pelo menos duas décadas.

Qual é o impacto na conta de luz?

O sistema de bandeiras tarifárias começou a entrar na conta de energia em 2015, estabelecendo basicamente três bandeiras: a verde (na qual não há cobrança extra); a amarela e a vermelha, no patamar 1 e 2. A finalidade é cobrar pelo aumento do custo da produção de energia já no mês seguinte na tarifa de luz paga pelo consumidor.

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A amarela significa um acréscimo de R$ 1,874 para cada 100 kWh consumidos. A vermelha é aplicada quando ocorre  uma grande estiagem e as térmicas têm que produzir mais energia, como ocorreu em 2021. A vermelha no patamar 1 soma R$ 3,971 para cada 100 kWh consumidos e a no patamar 2 –  criada no ano passado, por causa da seca – ficou em R$ 9,492.


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