A movimentação no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, localizado no Ceará, cresceu 17,9% de janeiro a julho deste ano. Cresceu também, em 16,6%, a movimentação de contêineres. Os dados são do relatório mensal do complexo, que detalha o desempenho da infraestrutura portuária e industrial.
A evolução no Porto do Pecém é percebida quando as 10.605.846 toneladas de cargas movimentadas são comparadas ao total movimentado de janeiro a julho do ano passado. Quanto à movimentação de contêineres, o incremento é notado a partir de um total de 280.425 TEUs embarcados, desembarcados ou removidos.
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O crescimento dos números é visto com bons olhos por André Magalhães, diretor comercial do Complexo de Pecém. Para ele, a “evolução neste ano de 2024 tem sido muito positiva”, pontuando sobre as expectativas para os cinco últimos meses do ano.
“Esperamos que no segundo semestre – com o início da temporada de exportação de frutas, aquecimento do setor siderúrgico, minerais, energias renováveis e a cabotagem – esse bom índice seja mantido.”
A expectativa positiva é devido à temporada 2024/2025 de exportação de frutas, que começou nesta semana e já movimenta o Porto do Pecém. O navio MSC Celeste partiu do terminal carregado com 2.500 toneladas de melões, melancias, mangas e uvas, produzidas principalmente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia. Essa carga, destinada a mercados internacionais, evidencia a importância do porto para o escoamento da produção agrícola nordestina.
Do total exportado, 98% das frutas têm como destino os portos de Roterdã, na Holanda, e de Londres, no Reino Unido. O restante da carga seguirá para outros destinos na Europa. Outro navio, o Monte Verde, partiu do Pecém com mais mil toneladas de frutas, com destino aos Estados Unidos.
A atratividade se deve, na descrição de Magalhães, devido à localização estratégica do Porto de Pecém. Saindo do complexo, “em 9 dias chegamos nos Estados Unidos e, em 12 dias, na Europa, garantindo um serviço de excelência e segurança”. Além da celeridade, a tecnologia permite que “100% das frutas sejam pesadas e escaneadas, assegurando a qualidade e integridade dos produtos. Essas condições otimizam e facilitam a exportação, tornando-nos um parceiro confiável no mercado internacional”, pontua.
O diretor explica que é “essa combinação de localização estratégica, qualidade e segurança tem sido a chave do nosso sucesso contínuo no atendimento ao mercado de frutas.”
Mais resultados
Outros números também demonstram o crescimento do complexo durante os sete primeiros meses de 2024. A cabotagem, por exemplo, apresentou uma elevação de 12% em relação ao mesmo período de 2023, movimentando 6.880.949 toneladas. Entre as cargas desembarcadas, estão, principalmente, minérios, cereais, combustíveis minerais e plásticos e suas obras. No que diz respeito aos embarques, se sobressaem os produtos como sal, ferro fundido, plásticos e seus derivados, além de cereais.
Na navegação de longo curso, o volume total chegou a 3.724.896 toneladas, o que representa um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. Entre os principais produtos desembarcados estão combustíveis minerais, máquinas e ferro fundido. Já no embarque, o ferro fundido, combustíveis minerais, sal e minérios figuram entre os mais relevantes.
Porto do Pecém
O Porto do Pecém é parte integrante do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S/A), uma joint venture formada pelo Governo do Estado do Ceará e pelo Porto de Roterdã, na Holanda. Trata-se de um terminal multicargas, com capacidade para movimentar graneis sólidos, líquidos, contêineres e cargas gerais nos seus 10 berços. O porto atualmente está conectado a sete linhas de cabotagem e três de longo curso, consolidando sua posição como um dos mais importantes hubs portuários do Brasil.
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