O Nordeste é a segunda região com o maior percentual de estabelecimentos de cachaça registrados, com 14,5 %, o que equivale a 138 produtores
Por Waleska Saraiva
A terceira edição da Cachaça Blend Nordestino acaba de chegar ao mercado. Fruto da união cinco de produtores da Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia, o Blend Nordestino reúne destilados das cachaçarias Sanhaçu (PE), Gogó da Ema (AL), Gregório (PB), Engenho Nobre (PB) e Matriarca (BA). Os cinco produtores somam mais de 85 premiações nacionais e internacionais, em 6 países diferentes.
O produto tem marca registrada e edição limitada. Foram produzidas 1.350 unidades nesse lote. A bebida é comercializada em lojas físicas e por e-commerce especializados em cachaça.
De acordo com Max Barreto, produtor da Sanhaçu, o Blend Nordestino é composto por cachaças armazenadas por um ano em Freijó, Jequitibá Rosa e Inox. Suavidade e o frescor são as características principais.
“O projeto nasceu em 2018, por iniciativa do insigne Murilo Coelho, da Cachaça Nobre, paraibano nascido em Minas Gerais e artesão “, revela Max.
Com graduação alcoólica 45,8% volumes, o blend é indicado para ser apreciado puro ou em coquetéis.
Levantamento do Setor
Dados do ano de 2020 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) mostram a região Nordeste como a segunda com maior percentual de estabelecimentos de cachaça registrados, com 14,5 %, o que equivale a 138 produtores.
Segundo o Anuário da Cachaça de 2021, a Paraíba, Bahia e Ceará lideram em número de produtores, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O setor da cachaça registrou queda de volume de mercado de 23,8% em 2020, de acordo com dados do relatório anual da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International.
A queda teria sido resultado de vários fatores, em especial o fechamento de bares e restaurantes durante a pandemia de Covid-19, que concentram 70% das vendas do setor. “Mesmo com o cenário de abertura ocorrido em 2021, achamos que será difícil compensar as perdas de 2020. Vamos aguardar os resultados”, afirma Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC, entidade representativa do segmento produtivo da cachaça.
