Rede de saúde privada do Recife busca equilíbrio para se manter

Por Juliana Albuquerque Maior polo médico do Norte e Nordeste, segundo o Sindicato dos Hospitais de Pernambuco (Sindhospe), a rede de saúde privada de Pernambuco, cujo faturamento anual gira em torno de R$7 bilhões, concentra 80% de seu conglomerado na capital pernambucana. Por isso, é um dos setores que mais recolhe Imposto Sobre Serviço (ISS), […]

Por Juliana Albuquerque

Maior polo médico do Norte e Nordeste, segundo o Sindicato dos Hospitais de Pernambuco (Sindhospe), a rede de saúde privada de Pernambuco, cujo faturamento anual gira em torno de R$7 bilhões, concentra 80% de seu conglomerado na capital pernambucana. Por isso, é um dos setores que mais recolhe Imposto Sobre Serviço (ISS), cerca de R$50 milhões, para a cidade do Recife. Com o retorno das cirurgias eletivas em sua totalidade, autorizado desde a última quinta-feira (1º), espera buscar o equilíbrio financeiro para se manter após mais de um ano de restrições em detrimento do avanço da Covid-19 no Estado.

- Publicidade -

E um dos pontos que pode vir a promover esse equilíbrio, segundo o presidente do Sindhospe, George Trigueiro, pode estar em uma resposta de uma proposta apresentada ao prefeito do Recife, João Campos, no início do ano, começo do seu primeiro mandato à frente da Prefeitura do Recife. “Ficamos muito satisfeitos em ter, pela primeira vez nos 32 anos de existência do Sindhospe, a visita de um prefeito eleito. Na ocasião, aproveitamos para entregar a ele uma proposta do nosso setor que visa, além de reduzir a fila de cirurgias eletivas na rede pública, obter uma contrapartida da prefeitura na redução da alíquota cobrada ao setor, de 4%, uma das maiores da cidade, por sinal”, comenta Trigueiro.

A proposta, segundo o médico, funciona como uma parceria público-privada, na qual a rede se compromete em realizar cirurgias eletivas de pequena e média complexidade, represadas no Estado mesmo antes da pandemia, tendo como contrapartida um desconto de 2% no valor recolhido sobre o ISS. “Em 2019, ano do nosso último levantamento, existia no SUS em Pernambuco mais de 35 mil cirurgias eletivas que precisavam ser feitas. Com a pandemia e a proibição da realização dos procedimentos, avalie quantas estão represadas. Então, nossa proposta seria utilizar os hospitais da nossa rede para reduzir essa fila de espera, enquanto a prefeitura reduziria de 4% para 2% o valor do nosso ISS”, explica o presidente da entidade.

De acordo com Trigueiro, contudo, até o momento a proposta segue sem resposta por parte da prefeitura do Recife. “Desde o início da pandemia que os hospitais da rede privada têm sido penalizados com a suspensão de quase todo seu funcionamento. Porém, sempre estivemos buscando o diálogo com o Governo, o que resultou, agora, na liberação das cirurgias em sua totalidade. Porém, além dessa permissão para que possamos trabalhar, é preciso uma contrapartida dos governos para que possamos encontrar uma solução para manutenção do setor, e a questão dessa tributação de torna crucial”, pondera.

- Publicidade -

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -