O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não atender pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro e determinou que a Polícia Federal pode manter o depoimento para a próxima quinta-feira (22/2/). O depoimento é na investigação sobre tentativa de golpe de Estado, que ficou marcado pelos acontecimentos de depredação da praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.
Ainda nesta segunda (19/2), a defesa de Bolsonaro havia pedido adiamento da data do depoimento alegando que o ex-presidente só deveria prestar depoimento quando tivesse acesso integral às provas no processo. Este argumento também foi contestado pelo ministro do STF.
Bolsonaro é um dos alvos na Operação Tempus Veritatis, deflagrada há quase duas semanas pela PF. Ele teve o passaporte apreendido e foi proibido de se comunicar com os demais investigados. São investigados também seus ex-assessores diretos, incluindo militares que integraram o alto escalão do governo.
Foram cumpridas 48 medidas cautelares na operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade, em latim), quatro delas de prisão preventiva. De acordo com a PF, o grupo investigado é suspeito de tentar “viabilizar e legitimar uma intervenção militar” no Brasil.
Segundo a PF, Bolsonaro e aliados se organizaram para não cumprir o resultado das eleições e mantê-lo no poder.
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