“De que adianta ter uma empresa boa na Venezuela?”, questiona Zema na FIEPE

Para uma plateia de aproximadamente 60 pessoas, ele contou que encontrou Minas Gerais em estado da insolvência, mergulhado em insegurança jurídica.
Romeu Zema na Fiepe
Romeu Zema para para empresários na FIEPE/Foto: divulgação

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO-MG), se reuniu na tarde desta quinta-feira (16) com empresários da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) para apresentar os avanços de seu governo e dar alguns recados à atual gestão do governo federal.

“De que adianta ter uma empresa boa, empresa eficiente, num país que está afundando? De que vale uma empresa boa hoje na Venezuela? De que vale uma casa boa lá para quem quer deixar o país”, pontuou, o governador, que foi recebido pelo anfitrião, Ricardo Essinger, presidente da FIEPE. Na plateia também estava o presidente da federação mineira, a FIEMG, Flávio Roscoe Nogueira.

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Zema confessou que, como empresário, até os 54 anos, considerava a política uma atividade semi criminosa. “Eu queria distância. Eu não cheguei a colocar uma placa não, mas na empresa era proibido entrar político. Agora, como governador, vocês devem concordar, que estou pagando uma multa pesadíssima, com juros e correção monetária”, disse.

Ricardo Essinger e Romeu Zema na Fiepe
Ricardo Essinger e Romeu Zema na FIEPE/Foto: divulgação

O que levou Zema a mudar de visão foi a crise econômica de 2015 e 2016. “O Brasil afundou. E naqueles anos eu enxerguei que o Brasil foi o único país no mundo que teve recessão. E por que o Brasil afundou entre 2015 e 2016? Por causa da política. E aí fica muito clara a importância da política. É como Flávio (Roscoe Nogueira) disse: se não participarmos, os bandidos vão participar”, pontuou.

Plateia na Fiepe

Ao chegar ao governo de Minas Gerais, Zema disse que se deparou com inúmeros problemas. Para uma plateia de aproximadamente 60 pessoas, ele contou que encontrou Minas Gerais em estado da insolvência, mergulhado em insegurança jurídica, com salários atrasados e sem cronograma de pagamento e inúmeros assaltos a agências bancárias no interior.

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“Enquanto isso, o ex-governador andava de helicóptero para cima e para baixo. Ele também tinha sete aviões à sua disposição. Era a força aérea mineira”, disse em tom de deboche. Hoje, os aviões servem a outros propósitos, como à segurança pública. Zema disse que para acabar com assaltos no interior, passou a enviar os policiais do Bope em jatos para as cidades atacadas.

O governador mineiro explicou ainda, que além de ajustar a máquina pública, dedicou atenção ao setor empresarial. “O governo anterior atraiu R$ 26 bilhões em investimentos. E nós, em quatro anos da nossa gestão, atraímos R$ 270 bilhões, dez vezes mais”, disse.

Um dos setores que mais atraiu investimentos foi o de energia solar, com R$ 60 bilhões. “Hoje, Minas Gerais é disparado o maior produtor de energia do Brasil, com mais de 4 giga em geração. E esses investimentos, somados a outros, como as novas indústrias, tem feito o estado depender cada vez menos da mineração, diversificando sua economia”, disse. Nesta sexta-feira, Romeu Zema tem novo encontro com empresários no Recife. Desta vez com os associados do LIDE Pernambuco.

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