Brasil criou 196,9 mil empregos com carteira assinada em abril

Em abril, o Brasil criou 196.966 novos empregos formais. O maior volume foi em São Paulo, com mais de 50 mil novas vagas. Pernambuco e Alagoas tiveram saldos negativos,

O Brasil criou 196.966 novos empregos formais em abril passado. O saldo é resultante do total de 1.854.557 admissões e de 1.657.591 desligamentos registrados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta segunda-feira (6), pelo Ministério do Trabalho.

Setor de serviços respondeu pelo maior volume de novos empregos de abril – FOTO: Marcos Santos/Agência USP

Em abril deste ano, o total de trabalhadores celetistas no país era de 41.448.948 vínculos o que, segundo o Novo Caged, representa uma alta de 0,48% na comparação com o mês anterior. No acumulado de 2022 o saldo está em 770.593 novos empregos, resultado de 7.715.322 admissões e de 6.944.729 desligamentos. O saldo é 3,6% menor do que o do mesmo período do ano passado.

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Apenas duas unidades federativas apresentaram saldo negativo: Alagoas, que perdeu 181 vagas de empregos formais, uma queda de 0,05%; e Pernambuco que diminuiu em 807 o saldo de empregos celetistas (-0,06%) em abril.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Bruno Dalcolmo, o saldo negativo “é testemunho de maior base; de um maior estoque de empregos, portanto é natural que o percentual de crescimento diminua ao longo do tempo”, disse. Segundo ele, para este ano, “não há expectativa de que se gere o mesmo número de empregos de 2021″, quando foram criados mais de 2 milhões de empregos.

Para Dalcolmo, o ano passado teve um “histórico positivo” resultante de fatores como a recuperação da economia após a covid-19 e a atuação dos benefícios que visaram a manutenção do emprego e da renda. “Dito isso, a expectativa para 2022 é bastante positiva, com criação entre 1,5 milhão e 2 milhões de empregos até o final do ano”.

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Grupamentostr

Os saldos positivos de abril foram registrados em quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas, onde se destacaram o setor de serviços, que gerou 117.007 postos, distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação, financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.

O melhor resultado foi o do comércio, com 29.261 novos postos, seguido pela indústria que teve saldo de 26.378 postos concentrados, principalmente, na indústria de transformação (saldo de 22.520 postos), enquanto o segmento da construção apresentou saldo de 25.341 postos.

Já o setor da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura diminuiu o volume de empregos formais, com o número de desligamentos (96.842) ficando maior do que o de admissões (95.820). O saldo, portanto, ficou negativo, com 1.021 empregos a menos.

Regiões e estados

As cinco regiões brasileiras tiveram saldo positivo em abril, com uma variação entre 0,32% (Região Sul, com 25.102 novos postos) e 0,72% (Região Centro-Oeste, com 25.598 novos postos). O maior número de vagas formais foi na Região No Sudeste, onde foram criados 101.279 postos, uma alta de 0,48%, na comparação com o mês anterior. O Nordeste ficou em segundo lugar no volume de novos empregos com 29.813, um aumento de 0,45%; e o Norte registrou 12.023 novos postos, uma elevação de 0,62%.

No ranking dos Estados, a liderança ficou com São Paulo, onde foram criados 53.818 novos postos – 0,42% a mais, na comparação com março; em seguida veio o Rio de Janeiro, com 22.403 postos (alta de 0,69%) e Minas Gerais, com 20.059 postos (0,46%).

Em termos relativos, o Amapá foi o estado com a maior alta no estoque (1,04%, o correspondente a um acréscimo de 752 postos no saldo). Em segundo lugar está Goiás (0,98%, com um saldo positivo de 13.166 postos).

O salário médio do país, registrado no momento de admissão no mês de abril estava em R$ 1.906,54. “Comparado ao mês anterior, houve acréscimo real de R$15 no salário médio de admissão, uma variação em torno de 0,79%”, detalha o Novo Caged.

Trabalho Intermitente

A situação do trabalho intermitente no país, modelo adotado desde a reforma trabalhista implementada pelo governo Michel Temer, também é detalhado no Novo Caged. Neste tipo de contrato de trabalho, a prestação de serviço não é contínua e pode ocorrer alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade.

Em abril essa modalidade registrou 23.142 admissões e 15.486 desligamentos, gerando saldo de 7.656 empregos em 5.406 estabelecimentos contratantes. “Um total de 202 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente”.

Os setores que mais contrataram trabalho intermitente foram os de serviços (5.778 postos); construção civil (888 postos); indústria geral (600); e comércio (471). O de agropecuária apresentou saldo negativo (-81 postos).

Regime Parcial

Nos contratos de Regime Parcial, a duração não excede as 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, de duração que não exceda a 26 horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.

Nesta modalidade, o saldo ficou em 4.738 novos postos, resultado de 20.863 admissões e 16.125 desligamentos, em 9.635 estabelecimentos contratantes.

O setor de serviços foi o que apresentou maior saldo, com 2.502 novos postos, seguido do comércio (1.516 postos), da indústria geral (539 postos), construção civil (141 postos) e agropecuária (40 postos).

Desligamentos acordados

Os desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado chegaram a 17.783, em abril. O Caged acrescenta que houve 74 empregados que realizaram mais de um desligamento por meio de acordo com o empregador.

O setor de serviços registrou 8.425 desligamentos, enquanto o comércio mostrou 3.938 demissões. A indústria geral respondeu por 3.241 desligamentos; a indústria da construção, por 1.532; e o setor agropecuária, por 647 demissões.

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