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Congresso aprova Orçamento de 2025 com teto de gastos de R$ 2,2 trilhões

Texto aprovado do Orçamento prevê superávit de R$ 15 bilhões e segue acordo dos três Poderes sobre emendas parlamentares
Congresso Nacional aprovação Orçamento
Durante a votação da proposta de Orçamento no plenário, foram registrados os votos contrários da bancada do partido Novo. Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

O Congresso aprovou, no final da tarde desta quinta-feira (20), o projeto de lei orçamentária (LOA) de 2025 (PLN 26/2024). O texto, aprovado três meses após o prazo, traz um teto de despesas sujeitas ao arcabouço fiscal de R$ 2,2 trilhões e uma folga de recursos (superávit) estimada em R$ 15 bilhões. O projeto segue para a sanção presidencial.

O projeto havia sido aprovado no início da tarde pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). O relator-geral, senador Angelo Coronel (PSD-BA), destacou o superávit – sobra de valores após gastos do ano – de R$ 15 bilhões para 2025. Esse valor é mais de quatro vezes o previsto no texto original, enviado pelo Poder Executivo.

O valor respeita a meta fiscal de déficit zero – com tolerância de até R$ 31 bilhões, para mais ou para menos – previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias. O superávit serve para custear gastos futuros sem previsão no Orçamento (créditos adicionais) e para diminuir a dívida pública.

Mudanças no texto

O texto aprovado aumentou R$ 11,9 bilhões em despesas com relação ao projeto do governo federal, totalizando R$ 5,7 trilhões. Esse valor inclui despesas que ficam fora do limite de gastos estipulado pelo arcabouço fiscal, como as do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e as transferências constitucionais e legais a estados, municípios e Distrito Federal.

A área mais beneficiada no texto aprovado pelo Congresso, com relação ao projeto original, foi a saúde, com aumento de R$ 24,4 bilhões. Esse valor é um reflexo da exigência legal de que metade das emendas individuais sejam para essa função.

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Em números relativos (proporcionais), as mudanças mais significativas foram nas autorizações de gastos em esporte e lazer — mais de seis vezes o valor inicial de R$ 435 milhões — e em urbanismo — mais de três vezes os R$ 2,8 bilhões sugeridos pelo governo. 

Programas no Orçamento

Com relação aos programas do governo, houve diminuição de recursos para o Bolsa Família e aumento para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como mostra o quadro a seguir.

O projeto teve de ser adequado por Coronel às novas regras sobre emendas parlamentares, fruto de acordo entre os três Poderes: a Resolução 1/2025, do Congresso Nacional; e a Lei Complementar 210, de 2024. Uma das novidades é o limite de R$ 11,5 bilhões para as emendas de comissão em 2025, das quais um terço se refere aos colegiados de senadores e dois terços, dos deputados.

Votos contrários

Foram registrados os votos contrários da bancada do partido Novo. O senador Eduardo Girão (CE), que compõe a bancada, registrou seu voto contrário por meio de requerimento. No Plenário, o deputado Kim Kataguiri (União-SP), também anunciou seu voto contra o projeto de lei orçamentária. 

*Com informações da Agência Senado

Leia mais: Comissão Mista aprova Orçamento de 2025 após ajustes no texto

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