Porto de Suape seleciona empresa para construir a fábrica de hidrogênio verde

O Porto de Suape vai escolher uma empresa para implantar uma fábrica de hidrogênio verde, o combustível do futuro.
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O Porto de Suape abriu uma chamada pública para escolher empresa que vai implantar fábrica de hidrogênio verde. Foto: Divulgação/Suape

Pernambuco vai entrar de vez na disputa pelo desenvolvimento do chamado “combustível do futuro”. O Complexo Industrial Portuário de Suape abriu chamamento público para empresas interessadas na construção de planta de hidrogênio verde (H2V). As interessadas têm até 27 de setembro para apresentar as propostas, que podem gerar um investimento no arrendamento na ordem de US$ 3,5 bilhões, para a implantação de uma usina com 1 GW (gigawatt) de capacidade de eletrólise em uma área de 72,5 hectares.

Disponível no site do Porto de Suape, o edital deve ser publicado no Diário Oficial do Estado nos próximos dias e cita que a área à disposição para o empreendimento situa-se fora do Porto Organizado, sendo administrada diretamente pela estatal portuária. O contrato de arrendamento será por 25 anos, sendo possível prorrogação por igual período. Segundo o atracadouro, alguns memorando de entendimento já foram firmados, o que sinaliza que o certame deve atrair um boa disputa.

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A proposta de Suape é que na futura fábrica, o H2V seja produzido a partir da dessalinização da água do mar. Com alto potencial para geração de energia sem emissão de gás carbônico, o hidrogênio verde é obtido a partir da usina de eletrólise, que separa o oxigênio e o hidrogênio da água. É chamado de verde porque a unidade que o produz funciona a partir de fontes de energia 100% renováveis.

O H2V é insumo para muitas indústrias, principalmente no continente europeu, já existindo até como combustível para veículos. Também é usado para produzir amônia, um dos principais fertilizantes para o agronegócio.

O chamamento público também contempla duas unidades industriais produtoras de hidrogênio azul a partir da reforma de vapor metano como insumo para posterior produção de amônia em outras duas unidades a serem implantadas também em Suape.

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“Esse chamamento público é um ponto de inflexão bastante significativo pois, de fato, abre a perspectiva de concretizarmos um cronograma de estabelecimento da primeira unidade industrial para produção do hidrogênio verde. Será uma marco para Suape também está integrado com o Porto de Pecém, isso significa desenvolvimento regional, onde poderemos aprender com eles e ensinar muito também”, diz o diretor de sustentabilidade do Porto de Suape, Carlos Cavalcanti.

Inovação e pesquisa em hidrogênio verde

Recentemente, o Complexo Industrial Portuário de Suape lançou o TechHub para ser um polo de inovação e pesquisa em hidrogênio verde, que vai incluir a produção, transporte, armazenamento e uma gestão das informações a serem produzidas com relação ao combustível na zona industrial portuária. A iniciativa é da CTG Brasil em parceria com o Departamento Nacional do Senai, Senai Pernambuco e o Governo do Estado. Já há uma área destinada para implantação do empreendimento de pesquisas na área portuária. Os investimentos previstos podem chegar a R$ 45 milhões.

Esse empreendimento faz parte de um pacote de projetos lançados pela estatal portuária desde o ano passado visando o crescimento sustentável do complexo, a exemplo de um terminal de GLP (gás de cozinha), de um terminal de regaseificação (Regás), hub de veículos, instalação de um terminal de minério de ferro através da viabilização da Ferrovia do Sertão (ligará Suape a Curral Novo, no Piauí), implantação de uma nova unidade da Blau Farmacêutica, entre outros empreendimentos que vão garantir o desenvolvimento econômico e a geração de milhares de empregos.

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