Tecon-Suape não pode operar dois terminais

O presidente de Suape, Roberto Gusmão, diz que a atual gestão quer concorrência na operação de contêineres.

O presidente do Porto de Suape, Roberto Gusmão, disse que o Tecon-Suape vai ter que escolher ficar no atual terminal que já opera no Porto de Suape ou se vai se mudar para a área que pertence ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS), caso o consórcio formado pelo grupo pernambucano Conepar e ICTSI vençam o leilão para adquirir os ativos do EAS, que está em recuperação judicial. O leilão ocorreu na manhão desta quinta-feira (21) e teve dois interessados em comprar as áreas do estaleiro: o APM, do Grupo Maersk – que já tinha feito uma proposta antes do certame – e um consórcio formado pelo grupo pernambucano Conepar e o ICTSI, que opera o Tecon-Suape.

Roberto Gusmão
O presidente do Porto de Suape, Roberto Gusmão, diz que o Tecon-Suape vai ter que escolher onde ficar, caso vença o leilão para a compra dos ativos do EAS.

“Suape e o governo de Pernambuco não vão permitir que o Tecon-Suape fique com dois terminais. Ele vai ter que escolher onde vai ficar. Queremos a concorrência na área de operação de contêineres, porque isso vai ampliar o mercado para as empresas locais e atrair novas rotas de longo curso para destinos como a Ásia e a Europa”, afirmou Roberto Gusmão.

- Publicidade -

O consórcio formado pelo ICTSI e Conepar ofereceu R$ 450 milhões na manhã desta quinta-feira (21) pela área. A proposta anterior era da APM, da Maersk, que propôs pagar R$ 300 milhões pela Unidade Produtiva Isolada UPI pré-constituída B. Quem vencer o leilão, deve pagar o valor de imediato. A Maersk já tem um protocolo de intenções assinado com o Estado para implantar um terminal de contêineres em Suape.

“Não recebemos propostas do Conepar nem do Tecon-Suape sobre este novo projeto. Achamos estranho acatar uma proposta fora da regra, porque o edital do leilão cria uma regra, mas não impede que a outra exista”, comentou Roberto. Ele estava se referindo ao fato de que o edital não fala que as empresas podem se juntar pra participar do leilão da venda de ativos do EAS.

O Tecon-Suape explora a movimentação de contêineres em Suape, como monopólio, desde 2001. As altas taxas cobradas pela empresa é uma queixa constante do empresariado pernambucano. Cargas como as frutas do Vale do São Francisco já migraram pra portos vizinhos por causa do preço cobrado pelo terminal.

- Publicidade -

Leia também

Conepar e Tecon-Suape propõem implantar um shopping de infraestrutura na área do EAS

Conepar e a ICTSI se juntaram e ofereceram proposta maior pela área do EAS

Só uma empresa que disputa leilão do EAS tem projeto para a área

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -