Grande expectativa para o leilão dos ativos do EAS nesta quinta-feira (21)

Com o leilão dos ativos do EAS, a expectativa é de que passe a ter um novo operador de contêiner no Porto de Suape.
Estaleiro Atlântico sul
Os ativos do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) devem ir a leilão nesta quinta-feira (20). Foto; Divulgação/Suape

Atualizada as 9h04m

Por Angela Fernanda Belfort e Patrícia Raposo

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Oficialmente, a Justiça não divulgou quais serão os participantes do leilão que vai vender os ativos do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) no Porto de Suape. O certame vai ocorrer, às 10 h, nesta quinta-feira (21). A expectativa de todo o setor produtivo pernambucano é grande para que seja instalado um segundo terminal de contêineres no local, quebrando o monopólio do Tecon-Suape que opera desde 2001 um terminal de carga conteinerizada. Pelo que o Movimento Econômico apurou, a concorrência terá pelo menos dois participantes e um será o APM, da Maersk. É uma concorrência importante para vários setores da economia do Estado, porque os preços cobrados pelo Tecon-Suape é uma antiga queixa do empresariado local.

A empresa quer ganhar o leilão vai poder implantar um Terminal de Uso Privativo (TUP) porque é fora da área do porto organizado de Suape, embora tenha que estar em sintonia com as diretrizes do que estabelece o Plano Diretor do Complexo Industrial e Portuário. Esta na realidade é a grande questão que pode fazer o vencedor do leilão ter custos mais baratos e o Tecon-Suape ter que se adequar a uma nova realidade.

Atualmente, os empresários criticam muito a forma como foi feita a concessão do Tecon-Suape que passou a cobrar do usuário para pagar a outorga que se comprometeu a pagar ao Estado durante a concessão. O alto custo da operação do Tecon-Suape fez algumas cargas migrarem para os portos próximos, como as frutas do Vale do São Francisco.

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EAS Suape
Áreas do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) que devem ser comercializadas no leilão desta quinta (21).

O EAS está em recuperação judicial e venderá parte de sua área para pagar credores. As propostas foram apresentadas até as 18 horas da quarta-feira (20), segundo determinação da juíza da 1ª Vara Cível da Comarca de Ipojuca. Na Justiça, o leilão já foi cancelado duas vezes a pedido dos concorrentes. O plano de recuperação judicial, aprovado em assembleia geral de credores em maio de 2021, previa que fosse dada sequência à alienação judicial da unidade produtiva UPI Pré-Constituída B, de forma integral ou em subpartes: UPI-B Cais Sul e UPI-B Central.

O valor mínimo para aquisição integral da UPI Pré-Constituída B é R$ 895.000.000,00 (oitocentos e noventa e cinco milhões). Para os UPIB Cais Sul é R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais); e para  a UPI-B Central, R$ 595.000.000,00 (quinhentos e noventa cinco milhões). 

A disputa pelos ativos do Estaleiro Atlântico Sul (EAS)  vem sendo marcada por disputas judiciais. A Justiça já suspendeu o leilão pelo menos duas vezes. Integrante do grupo Maersk, a APM Terminals tem um protocolo de intenções assinado com o Porto de Suape, para erguer um segundo terminal de contêineres na UPI Pré-Constituída B no Porto de Suape. 

Além do APM, o grupo filipino ICTSI, que controla o Tecon Suape, também deve participar do certame e o grupo pernambucano Conepar S. A., que atua com armazenagem e logística, também demonstrou interesse.

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