Entidades empresariais defendem novo terminal de contêineres na área do EAS

A operação de um único terminal de contêineres está fazendo o Estado perder competitividade.
Estaleiro Atlântico sul
Em nota, as entidades empresariais defendem um novo terminal de contêineres no Porto de Suape. Foto: Divulgação/Suape

Em nota, as entidades empresariais vêm manifestar o seu integral apoio ao projeto de conversão da UPI Pré-Constituída B, uma das áreas que foi ocupada pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em um novo terminal de contêineres que atenda ao Porto de Suape. “O setor empresarial de Pernambuco entende que se trata de um empreendimento essencial para o desenvolvimento do nosso Estado”, diz o comunicado. O monopólio do Tecon-Suape e as altas tarifas cobradas pelo empreendimento estão prejudicando vários setores produtivos do Estado. Grande operadora de contêineres, a Maersk está interessada na área, mas os leilões que poderiam comercializar a área foram suspensos pela Justiça a pedido da administradora do Tecon-Suape, que opera, de forma exclusiva, a carga conteinerizada.

“A concorrência e o aumento da capacidade deste setor permitirão ao Porto de Suape exercer, enfim, a sua vocação de hub regional de contêineres, atraindo novas linhas diretas internacionais, ampliando a navegação de cabotagem, reduzindo tarifas, custos e o tempo de trânsito das mercadorias”, afirma a nota.

- Publicidade -

As entidades consideram que essa disputa pela área envolve “aspectos que darão impulso à competitividade da indústria e do comércio do Estado, gerando mais emprego e renda para a população de Pernambuco, uma vez que nossas empresas estão perdendo competitividade para outros Estados, em vista dos altos custos atualmente na operação do porto de Suape com apenas um único operador portuário”.

A nota é assinada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe)Ricardo Essinger; pelo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), Bernardo Peixoto; pelo empresário Guilherme Ferreira da Costa representando o Movimento Atitude Pernambuco; por Paulo Sales, da Amcham-PE; Avelar Loureiro, do Movimento Pró-Pernambuco, Marcelo Guerra, da Assesuape; Érico Furtado Filho, do Sinduscon-PE, e Eduardo Catão, em nome da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Pernambuco.

Guilherme Cavalcanti, do Atitude Pernambuco
Diretor Executivo do Movimento Atitude Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, diz que o setor empresarial pernambucano deseja ter concorrência na movimentação de contêineres do Porto de Suape. Foto: Divulgação/Atitude Pernambuco

“A realização do leilão do EAS é fundamental para a empresa se reerguer. E é importante para Pernambuco conseguir atrair uma operadora competente de contêineres, que viabilize a concorrência e traga competitividade ao Porto de Suape”, resume o diretor Executivo do Movimento Atitude Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, representando todas as entidades que assinaram a nota. E complementa: “O atual operador transferiu a sua ineficiência para o preço cobrado ao cliente final. A nossa torcida é para que ocorra o leilão, seja homologado o resultado e o vencedor cumpra com o devido objeto do uso do cais para um novo terminal de contêineres”.

- Publicidade -

Segundo Guilherme, o grupo não quer a extinção de qualquer ator econômico, o Tecon-Suape deve ter as mesmas condições do novo operador, mas deve haver concorrência entre o atual operador e o que vencer o leilão para se instalar na área que foi do EAS. “É inegável que as condições nas quais o Tecon-Suape foi licitado não foram ideiais. A empresa pagou a outorga ao longo de 30 anos, transferindo esse custo para o preço do serviço cobrado ao usuário num mercado em que detém o monopólio”, comenta.

Entenda o caso

Os ativos do EAS deveriam ter sido comercializados num leilão porque o EAS está em recuperação judicial. A Maersk demonstrou interesse em adquirir a área para a instalação de um terminal de contêineeres que faria concorrência com o Tecon-Suape, que opera os contêineres no porto pernambuco. A pedido da ICTSI Rio, administradora do Tecon-Suape, o leilão que comercializaria a área, já foi suspenso duas vezes pela Justiça, que remarcou nova data para o certame.

Apareceram outros concorrentes interessados na área e a suspeita no meio empresarial é que alguns concorrentes estão fazendo uma ação que tem como finalidade evitar que a Maersk se implante em Suape e traga concorrência ao Tecon-Suape.

Leia a nota na íntegra:

NOTA PÚBLICA – LEILÃO EM SUAPE

As entidades empresariais vêm manifestar o seu integral apoio ao projeto de conversão da UPI Pré-Constituída B, do Estaleiro Atlântico Sul, em um terminal de contêineres.

O setor empresarial de Pernambuco entende que se trata de um empreendimento essencial para o desenvolvimento do nosso estado.

A concorrência e o aumento da capacidade deste setor permitirão ao Porto de Suape exercer, enfim, a sua vocação de hub regional de contêineres, atraindo novas linhas diretas internacionais, ampliando a navegação de cabotagem, reduzindo tarifas, custos e o tempo de trânsito das mercadorias.

Aspectos que darão impulso à competitividade da indústria e do comércio do estado, gerando mais emprego e renda para a população de Pernambuco, uma vez que nossas empresas estão perdendo competitividade para outros Estados, em vista dos altos custos atualmente na operação do porto de Suape com apenas um único operador portuário.

Ricardo Essinger
Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE)

Bernardo Peixoto
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE)

Guilherme Ferreira da Costa
Movimento Atitude Pernambuco

Paulo Sales
AMCHAM/PE

Avelar Loureiro
Movimento Pró-Pernambuco

Marcelo Guerra
ASSESUAPE

Érico Furtado Filho
SIDUSCON

Eduardo Catão
Federação das CDLS de Pernambuco

Leia mais

EAS questiona garantia do Grupo Conepar no processo do leilão do estaleiro de Suape

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -