Economia verde já responde por 22% da carteira de crédito dos bancos

Agência Brasil Iniciado nesta quarta-feira (18), no Rio de Janeiro, o Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes, segue até a próxima sexta-feira (20), levantando discussões sobre os desafios e as oportunidades na implementação da economia verde no Brasil. No primeiro dia, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Gustavo […]
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

Agência Brasil

Iniciado nesta quarta-feira (18), no Rio de Janeiro, o Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes, segue até a próxima sexta-feira (20), levantando discussões sobre os desafios e as oportunidades na implementação da economia verde no Brasil.

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Painéis discutem as tendências do mercado de carbono e a rentabilidade de ativos ambientais – FOTO: Paulo Mumia/Divulgação

No primeiro dia, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Gustavo Montezano, foi o moderador do painel sobre o setor financeiro e o fomento a projetos e ativos ambientais, onde os participantes lembraram dos diferenciais do Brasil em relação a outros países quando se fala em sustentabilidade.

Presidente do banco UBS, Sylvia Coutinho, ressaltou que “a energia brasileira é a mais limpa do planeta” e chamou a atenção para a “precificação” desse diferencial. Para ela, é possível agregar essa energia ao produto brasileiro a um preço muito baixo. “Lá fora a questão toda é reflorestamento, aqui é manutenção”, observou o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, lembrando ainda que agricultores brasileiros são peças-chave na preservação ambiental e, por isso, precisam ter uma espécie de incentivo ou compensação. 

Com esse objetivo, o banco criou a CPR-Preservação, modalidade de crédito em que o produtor monetiza a área preservada em sua propriedade. Com isso, se ele precisa preservar 20% da propriedade, mas o faz em 30%, ele pode monetizar os 10% extras que está preservando.

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Além de Ribeiro, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, ressaltaram a necessidade de incentivar os investidores a participar desses projetos.

Hoje, cerca de 22% da carteira de crédito dos bancos é voltada para segmentos da economia verde, o que totaliza cerca de R$400 bilhões.

Saneamento também faz parte da economia verde

No painel sobre saneamento, a diretora do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Martha Seillier, destacou o grande salto que o Brasil deu em investimentos no setor graças ao Marco do Saneamento. 

Ex-secretária especial do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do governo federal, a diretora lembrou a resistência inicial às mudanças, pois se tratar de um setor essencialmente público.  Mas, a partir das alterações da legislação, o setor passou a receber investimentos que chegam a oito vezes o valor aplicado anteriormente. “Os leilões têm tido cada vez mais interessados”, afirmou Seillier.

Congresso

O Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes terá 24 painéis apresentados em quatro salas temáticas, além de sessões plenárias no início de cada um dos dias, totalizando mais de 100 palestrantes. Também serão apresentados 120 cases de sucesso de empreendedores verdes em quatro miniauditórios.

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