Com apoio da Sudene, colheitadeira de palma ganha incentivo

A aprovação do pleito é mais um passo dado pela Sudene para impulsionar a cultura da palma.
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Colheita da palma ganha apoio da mecanização/Foto: reprodução site da Embrapa

A Laboremus, empresa localizada em Campina Grande (PB), que fabricou o primeiro protótipo funcional de uma máquina colheitadeira de palma forrageira, teve aprovado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) a concessão de incentivo fiscal que vinha pleiteando para produzir o equipamento.

A aprovação do pleito é mais um passo dado pela Sudene para impulsionar a cultura da palma. Desde 2017, a Autarquia vem apoiando a palma forrageira. Naquele ano, criou a Rede Palma com o objetivo de fomentar o diálogo entre instituições de desenvolvimento regional, universidades, pesquisadores e membros da iniciativa privada, que têm a missão de analisar cenários, propor ações e consolidar as potencialidades da palma no semiárido brasileiro.

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Com o incentivo, a Laboremus poderá garantir a fabricação do equipamento em uma escala comercial. O equipamento será apresentado no VI Congresso Nacional de Palma, em Montes Claros (MG), no próximo mês. “Será necessário relocalizar a fábrica em uma área maior”, diz Para Fabiano Dias, diretor da Laboremus. A partir de outubro, devem ser iniciadas as vendas para os agricultores interessados, atendendo encomendas.

Fabiano Dias afirma que a Sudene foi a “mola propulsora” dessa iniciativa, quando a Rede Palma apontou a necessidade de mecanizar a colheita do vegetal para aumentar a produção. A colheitadeira funcionará acoplada a um trator e, além da colheita, vai transportar a palma por uma esteira até o carroção ou direto ao vagão forrageiro, que fará a trituração do produto, indo direto para os cochos de alimentação dos animais. Segundo Fabiano, o preço do equipamento será compatível com o valor de uma colheitadeira de capim de área total.

Rede Palma

A Rede Palma já obteve conquistas importantes, como a inclusão da palma nos levantamentos do IBGE, criação de ação orçamentária para a palma, certificação das sementes (raquetes) de palma e a fabricação da colheitadeira, que deve ampliar e otimizar a produção. 

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“Essa é uma pauta que nos anima, porque fala para os desafios do Nordeste. A criação da primeira colheitadeira de palma aconteceu a partir da prospecção da Rede Palma. Estimulada pela Sudene, a Laboremus foi desafiada a produzir o equipamento e, agora, vemos a máquina pronta. Esse é o papel da Sudene: olhar para um desafio, buscar parceiros e caminhos para enfrentá-lo”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.

Para a Sudene, palma é considerada estratégica para a produção da pecuária no semiárido, mas, segundo Cabral, para que os seus benefícios sejam efetivos é necessário vencer muitos desafios e gargalos, como a mecanização e o beneficiamento.

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Cultura da palma forrageira beneficia a pecuária/Foto: ME

A criação da Rede possibilita a produção coletiva de subsídios técnicos que balizam a tomada de decisões sobre o tema e a manutenção de uma estrutura aberta de participação dos parceiros integrantes da Rede, envolvendo-os numa cadeia de compartilhamento dos mesmos valores e objetivos estabelecidos.

Fortalecimento da pecuária

Entre os aspectos que justificam a criação da Rede Palma, o engenheiro agrônomo da Sudene, Aildo Oliveira, destaca o fortalecimento da pecuária na região do semiárido. Segundo ele, essa atividade é uma das mais importantes da região para os agricultores familiares e é um dos principais fatores para a garantia da segurança alimentar das famílias rurais e geração de emprego e renda na região.

“A palma forrageira pode incrementar a produção pecuária no semiárido brasileiro, servindo de alimento para ruminantes, pois tem um alto valor nutritivo e resiste ao período seco”, enfatizou Aildo Oliveira. Ele informou que o desempenho produtivo dos rebanhos é baixo, principalmente em função da redução de alimentos no período seco e a palma, adaptada à região, pode garantir a segurança alimentar dos animais.

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