
Nos últimos três anos, a Capacidade de Pagamento (Capag) dos estados brasileiros apresentou avanços, refletindo esforços de ajuste fiscal e melhoria na gestão das contas públicas. Em 2024, 21 estados e o Distrito Federal foram classificados com notas A, A+, B ou B+, superando os 19 estados que obtiveram essa avaliação em 2023. O cenário é positivo, mas ainda há desafios a serem enfrentados, especialmente em relação ao crescimento das despesas correntes e ao equilíbrio orçamentário de estados que continuam em situação fiscal frágil.
Os destaques positivos da Capag 2024 incluem a Bahia. O estado liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues que subiu de B em 2022 para A em 2023 e atingiu a nota máxima A+ em 2024.
Mato Grosso do Sul também apresentou uma recuperação expressiva, saindo de A em 2022 para B em 2023 e chegando a A+ em 2024. Rondônia e Santa Catarina seguiram essa mesma tendência e hoje figuram entre os estados com maior solidez fiscal.
Outro estado que apresentou evolução relevante foi Pernambuco, que caiu de B para C em 2023, mas conseguiu recuperar sua classificação, avançando para B+ em 2024. O Maranhão, que vinha de um histórico negativo com nota C, conseguiu subir para B, demonstrando uma melhoria no controle de suas contas públicas.
Bahia na elite fiscal
A elite fiscal dos estados em 2024 inclui Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Santa Catarina, todos classificados com A+. No grupo A, aparecem Paraíba, Pará, Ceará e Roraima. Estados como Amazonas, Piauí, Pernambuco e São Paulo ficaram com B+, mantendo boa capacidade fiscal, enquanto o Distrito Federal, Paraná e Tocantins foram avaliados com B. Essas classificações indicam que a maioria dos estados conseguiu preservar um nível adequado de equilíbrio fiscal, mesmo diante dos desafios econômicos dos últimos anos.
No entanto, nem todos os estados avançaram. O Acre foi um dos que mais regrediram, caindo de B para C em 2024. O Rio de Janeiro, que já vinha em situação fiscal delicada, passou de C para D em 2023 e, em 2024 obteve uma leve melhoria, voltando para C. O Rio Grande do Sul continua sendo o estado com uma situação fiscal pior, mantendo a nota D pelo terceiro ano consecutivo, o que evidencia dificuldades crônicas em suas contas públicas.
Minas Gerais apresentou um leve avanço ao sair de D para C, mas ainda enfrenta desafios estruturais que limitam sua capacidade de investimento e comprometem sua sustentabilidade financeira a longo prazo.
Apesar dos avanços observados na maioria dos estados, o cenário fiscal ainda exige atenção. As despesas correntes estão crescendo acima da arrecadação, reduzindo a margem para investimentos e aumentando a necessidade de novos ajustes fiscais.
Preocupa o impacto das despesas com pessoal sobre as contas estaduais. Em 2023, essa categoria de gasto cresceu 10,02%, abaixo do aumento de 15,21% registrado em 2022, mas ainda representa um desafio para os gestores públicos. Nos municípios, a situação é semelhante: houve um crescimento nos investimentos e nas despesas com pessoal, além de um aumento expressivo nas receitas de capital, que subiram cerca de 38%. Apesar disso, o resultado orçamentário agregado dos municípios foi positivo, somando R$ 17,5 bilhões em 2023, embora tenha sido inferior ao superávit de R$ 53,8 bilhões registrados no ano anterior.
O Tesouro Nacional alertou que, mesmo com a melhoria nas notas da Capag, é essencial que os estados mantenham o equilíbrio entre receitas e despesas para evitar um novo ciclo de individualização.
O Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais, publicado pelo Tesouro Nacional desde 2016, continua sendo uma referência essencial para a transparência e a análise das contas públicas estaduais e municipais. A publicação deste ano ocorreu com atraso devido a greves no setor, mas manteve uma série histórica de informações, permitindo um acompanhamento detalhado da evolução fiscal dos entes federativos. O relatório destaca não apenas os avanços na capacidade de pagamento dos estados, mas também os desafios que ainda precisam ser enfrentados para garantir a sustentabilidade financeira no longo prazo.
Prêmio Tacaruna Mulher
O Shopping Tacaruna promove mais uma edição do Prêmio Tacaruna Mulher, que reconhece mulheres de destaque em suas áreas de atuação e por suas contribuições à sociedade. Entre as homenageadas deste ano está Ângela Belfort, jornalista do portal Movimento Econômico, premiada na categoria Comunicação. A cerimônia acontece no dia 13 de março, às 19h30, no UCI Kinoplex Tacaruna, em um evento exclusivo para convidados.
Amarante
Amarante promove sua 10ª Semana do Consumidor, com descontos em resorts de Alagoas de abril a dezembro, exceto julho. A ação vai até o dia 15 de março de 2025. A expectativa é de um crescimento de 130% em relação a 2024, quando a empresa faturou R$15 milhões. A iniciativa visa antecipar vendas, garantir ocupação e fidelizar clientes.
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