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Renan Filho: obras da Transnordestina de PE serão retomadas em 2025

Ministro dos Transportes gravou vídeo em Baku, no Azerbaijão, ao lado do presidente da Fiepe, Bruno Veloso, para falar do trecho pernambucano da Transnordestina
Ministro dos Transportes - Renan Filho
O ministro dos Transportes, Renan Filho, diz que o governo federal está estudando uma possibilidade de retomar as obras do ramal pernambucano da Transnordestina. Foto: José Cruz

O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse, nesta terça-feira (12), que a retomada das obras do trecho pernambucano da Transnordestina pode ocorrer no próximo ano. “As obras estão andando no Ceará e no Piauí, onde temos quase 4 mil pessoas trabalhando para a construção dessa ferrovia agora. O Governo Federal entende, e o presidente Lula também, que não há estratégia para o desenvolvimento do Nordeste que não coloque o Estado de Pernambuco no centro dessa estratégia”, afirmou.

Renan Filho chegou a gravar um vídeo com as informações acima em conversa com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Bruno Veloso, na COP 29 que está ocorrendo em Baku, no Azerbaijão. O ministro chegou a citar os R$ 500 milhões previstos no Orçamento Geral da União (OGU) de 2024 para o ramal pernambucano da Transnordestina.

Ele informou também que o plano atual está sendo adaptado para atender uma nova lógica de investimento público. Ele também comentou que está aberto a novos debates e diálogos com a Fiepe sobre este assunto que também está sendo tratado com a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho.

A intenção do governo federal é usar os recursos citados acima para a retomada das obras e desenhar uma futura PPP com uma empresa da iniciativa privada que assuma a construção do ramal e a futura operação do ramal pernambucano da ferrovia.

“Essa obra é fundamental para o desenvolvimento do Nordeste e de Pernambuco. Ficamos felizes em poder dar essa notícia ao setor industrial e ao povo pernambucano”, contou Bruno Veloso, argumentando que a Transnordestina Pernambucana pode fazer a interligação entre os Estados do Nordeste setentrional e servir para escoar a produção de setores que já existem – como por exemplo a avicultura – e outros que podem se consolidar, como a produção de minério de ferro no Sul do Piauí.

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Ferrovia - Transnordestina
As obras da Transnordestina do Ceará vão receber R$ 3,6 bilhões do FDNE, que deveria contemplar projetos de todos os Estados do Nordeste. Foto: João Lavor/TLSA

O que é a Ferrovia Transnordestina

Inicialmente, a Ferrovia Transnordestina é um ramal ferroviário com mais de 1.750 km, que ligava a cidade de Eliseu Martins, no Sul do Piauí, aos portos de Pecém, na Grande Fortaleza, e e Suape, em Pernambuco. Com obras iniciadas em 2006, o trecho pernambucano (Salgueiro-Suape) está abandonado desde 2016. Em setembro último, o governo federal contratou um consórcio para fazer o projeto executivo do trecho pernambucano. O ramal pernambucano foi retirado do projeto em 2022 a pedido da empresa que está à frente das obras, a TLSA.

Já o trecho cearense está em obras e teve a aprovação, recentemente, de R$ 3,6 bilhões do Fundo do Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) que serão liberados nos próximos três anos para a implantação deste trecho que está sendo realizado pela TLSA, uma subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). O Fundo foi criado para beneficiar projetos de todo o Nordeste, mas como tem um orçamento de R$ 1 bilhão a R$ 1,2 bilhão por ano, significa que nos próximos três anos os recursos do fundo vão beneficiar somente o trecho cearense da Transnordestina.

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