Tomou posse como ministro de Portos e Aeroportos, nesta quarta-feira (13/9), Silvio Costa Filho, do Republicanos, em cerimônia fechada no gabinete presidencial. Silvio Costa Filho foi empossado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também deu posse para André Fufuca, do PP, no Ministério do Esporte, assim como a Márcio França, no Ministério da Pequena e Média Empresa.
Silvio Costa Filho falou em unidade no seu primeiro pronunciamento. “Estamos fazendo a transição de maneira democrática e participativa com a orientação do presidente Lula. Minhas primeiras palavras são de agradecimento ao presidente Lula pela confiança que nos deposita para assumir uma responsabilidade tão grande para uma agenda tão importante para o País. 98% das nossas importações e exportações passam pelos nossos portos e aeroportos. A partir de hoje nós vamos ligar para todos os 27 governadores e governadoras, vamos falar com todos os prefeitos e prefeitas das capitais e nosso gabinete estará à disposição aos mais de cinco mil prefeitos e prefeitas do Brasil. Não é hora de divergências, é hora de convergências para a gente trabalhar por um futuro melhor”, disse o novo ministro.
A indicação de Silvio Costa Filho agradou Lula e uma ala do centrão que pende mais para o governo do que para oposição. Pode não ter satisfeito completamente o Republicanos, mas dentro das configurações de acomodação partidária serviu, por exemplo, para minimizar os danos ao PSB, que precisou ceder o ministério de Portos e Aeroportos para Silvio Costa Filho em detrimento de um ministério ainda em construção, como o da Pequena e Média Empresa.
Ou seja, além de ter a aprovação do centrão, da base governista, de ter um histórico que o gabarita a exercer o cargo que vai ocupar, Silvio Costa Filho também é fruto da gratidão de Lula pelas defesas do seu pai, o ex-deputado Silvio Costa, à ex-presidenta Dilma Rousseff durante seu processo de impeachment.
“Estou muito satisfeito com a conclusão que nós chegamos na montagem do governo. Estamos vivendo um momento de muita expectativa no Brasil. Conheço Silvinho (Silvio Costa Filho) há muito tempo porque eu sou pernambucano e é um ministério que irá herdar das mãos do Márcio França, que conheço há 40 anos”, disse Lula.
ATP espera ter diálogo produtivo com Silvio Costa Filho
A Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), que representa 33 empresas de grande porte e congrega 61 Terminais de Uso Privado (TUPs) do país, cumprimenta o novo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que tomou posse nesta quarta-feira (13/9) e com quem espera ter diálogo aberto, transparente e produtivo para colaborar com soluções que garantam o desenvolvimento do Brasil e do setor, importante para a economia nacional. Da mesma forma, agradece a Márcio França pela sua atuação à frente da pasta.
A ATP acredita na sensibilidade do novo ministro, signatário da Frente Parlamentar dos Portos Nacionais e Transportes Aquaviários, à frente de um setor extremamente importante. Silvio Costa Filho pode ser um grande parceiro na viabilização de projetos para que o país avance ainda mais, especialmente com a atuação dos Terminais de Uso Privado.
Para se ter uma ideia, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), os Terminais de Uso Privado são os grandes responsáveis pelo aumento da movimentação portuária no país. No último semestre, os portos organizados e os TUPs movimentaram, juntos, 616 milhões de toneladas, o que, no total, representa um salto de 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Ainda, segundo os dados oficiais, os Terminais de Uso Privado foram responsáveis por movimentar, no último semestre, 402,7 milhões de toneladas, o que representa aumento de 7,7% em relação ao mesmo período de 2022.
As associadas da ATP, juntas, movimentam 56,7% da carga portuária brasileira e respondem pela geração de 47 mil empregos diretos e indiretos. São empresas que se destacam por suas performances positivas e por recordes sucessivos de movimentação. Atuam em áreas fundamentais da economia brasileira, como os setores de mineração, siderurgia, petróleo e gás, agronegócio, contêineres e complexos logísticos, contribuindo para o saldo positivo da balança comercial nacional e para tornar o comércio exterior brasileiro mais robusto.
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