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Humberto e Túlio encontram situação ‘estarrecedora’ no Metrô do Recife

O estado de decadência do metrô pode levar até mesmo a uma paralisação de ordem técnica, segundo Humberto Costa. Foto: Roberto Stuckert Filho.
O estado de decadência do metrô pode levar até mesmo a uma paralisação de ordem técnica, segundo Humberto Costa. Foto: Roberto Stuckert Filho
O estado de decadência do metrô pode levar até mesmo a uma paralisação de ordem técnica, segundo Humberto Costa. Foto: Roberto Stuckert Filho

A diligência do Congresso Nacional que vistoriou o Metrô do Recife, nesta segunda-feira (21/8), confirmou as péssimas condições do equipamento que atende os cerca de 200 mil usuários e trabalhadores do equipamento. A visita foi proposta pelo presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), Humberto Costa (PT-PE) e realizada em parceria com a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, representada pelo deputado Túlio Gadêlha (Rede).

Para Humberto Costa, o processo de ‘sucateamento’ do metrô teve avanços no Governo Temer e no Governo Bolsonaro. “Bem, o que nós vimos foi uma situação estarrecedora e um sucateamento que foi realizado nesses últimos dois governos anteriores ao presidente Lula com a redução de recursos para custeio, para investimento. Mas, ao mesmo tempo nós vimos um potencial muito grande que o metrô tem, seja pela expertise dos seus funcionários, seja também porque ele tem uma estrutura muito grande e o que nós precisamos, nesse momento, antes de fazer qualquer discussão, é garantir que esse processo de sucateamento estanque, que ele pare”, afirmou o petista.

O estado de decadência do metrô pode levar até mesmo a uma paralisação de ordem técnica, segundo Humberto Costa. “O que nós estamos preocupados é com o que nós vimos, que por conta de falta de peças, de falta de manutenção, de falta de quadros, a gente possa ter uma paralisação técnica do metrô”, disse.

O estado de decadência do metrô pode levar até mesmo a uma paralisação de ordem técnica, segundo Humberto Costa. Foto: Roberto Stuckert Filho.

A possibilidade de haver a privatização do equipamento também foi levada em consideração pelo senador, mas a situação do momento precisa de medidas emergenciais. Por isso, a participação de técnicos do BNDES é importante, já que eles estão diretamente envolvidos com estudos de privatização e requalificação do Metrô do Recife, que está listado no Novo PAC, lançado recentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O tema mais importante é parar o sucateamento e recuperar o metrô. Qual vai ser a modelagem posterior é uma outra discussão que a gente vai travar. Nesse momento o que a gente quer é o metrô funcionando e funcionando bem para a população”, ressaltou Humberto

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Segundo o deputado Túlio Gadêlha, o metrô precisa de investimentos na ordem de R$ 2 bilhões, sendo que R$ 900 milhões voltados para aquisição de 20 novos trens e outros R$ 800 milhões para os equipamentos que estão circulando. “Temos vários déficits de número de máquinas, de número de trens, que são coisas que precisam ter uma decisão tomada rapidamente para que se possa recuperar no espaço de tempo que não seja tão longo”, disse o deputado.

Túlio Gadêlha ainda criticou o valor da taxa do metrô. “Discutir o preço da tarifa, que aumentou muito, de R$ 1 ,60 para R$ 4 ,25”, argumentou.

A comitiva entende que apesar do estado degradável do Metrô do Recife, o equipamento tem potencial. Foto: Roberto Stuckert Filho

Além de Túlio e Humberto, acompanharam a agenda o deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB), os deputados estaduais João Paulo (PT), Rosa Amorim (PT) e Dani Portela (PSol) e a vereadora do Recife, Liana Cirne (PT). Também estiveram presentes, o superintendente da CBTU, Dorival Martins, o presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco, Luiz Soares, o secretário estadual de Mobilidade e Infraestrutura, Evandro Avelar, o chefe do Departamento de Estruturação de Projetos do BNDES, Arian Bechara, o coordenador de Regulação à Mobilidade Urbana, Antônio Espósito Neto, e a presidente do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco, Eloisa Bastos Amorim.

GREVE

Há 19 dias em greve, os metroviários de Pernambuco pedem, além de reajuste salarial, melhorias do modal e que o Metrô do Recife não seja privatizado – caso seja, que sejam mantidos os empregos. “primeira é uma negociação salarial, que é normal. A qualquer momento vai haver uma solução e o metrô não deixará de funcionar por essa razão”, projeta Humberto, que reforçou novamente a necessidade de uma ação emergencial para deixar o equipamento em pleno funcionamento.

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