No relançamento do Programa Farmácia Popular, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os ações direcionadas para área da saúde podem ser consideradas ‘investimentos’. “Por isso, tenho dito que cuidar da saúde não é gasto. Os outros vão dizer que é gasto”, disse. “Não estou gastando. Estou investindo dinheiro no pobre. Cuidar da saúde do povo é investimento. Uma pessoa sã, com saúde, está mais alegre, trabalha mais, produz mais, cuida melhor das coisas que tem que fazer”, disse Lula, no Centro Comunitário da Paz (Compaz) Ariano Suassuna, bairro do Cordeiro, no Recife.
Lula lembrou que o programa Farmácia Popular foi “ironizado e diminuído” pelo governo passado, mas que retorna agora com muito mais força, com mais remédio e maior capacidade de fazer convênio. “Para que mais farmácias possam participar, e a gente chegar no momento de atender à totalidade de pessoas necessitadas no país”.
Na sua nova versão, a meta do programa é aumentar os medicamentos gratuitos disponíveis para as pessoas que precisam de tratamento de diabetes, asma e hipertensão, e a partir de agora, também para osteoporose e anticoncepcionais. O programa também oferece medicamentos de forma subsidiada para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma, anticoncepção e fraldas geriáticas. Ao todo, o Farmácia Popular contempla 11 doenças. O orçamento previsto para 2023 é de R$ 3 bilhões.
Todos os beneficiários do Bolsa Família poderão retirar os 40 medicamentos disponibilizados pelo programa gratuitamente, chegando a 55 milhões de brasileiros. “Oportunidade de as pessoas viverem mais, poderem curar as suas doenças. Até porque hoje cuidar de doenças é muito caro. Qualquer remédio é muito caro”, ponderou Lula.
O Farmácia Popular também passa a atender a população indígena com todos os medicamentos distribuídos gratuitamente. O projeto piloto será feito, incialmente, com o território Yanomami e depois levado para outras regiões.
Estiveram presentes no evento os ministros da Pesca e Aquicultura, André de Paula; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; ; da Educação, Camilo Santana; o chefe da Casa Civil, Rui Costa; os senadores Teresa Leitão e Humberto Costa; o prefeito do Recife, João Campos; a prefeita de Serra Talhada e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Márcia Conrado; a superintendente regional do Banco do Brasil, Ana Paula Matos.
Disputas políticas locais
No evento, a plateia do PSB, aplaudiu o prefeito João Campos e o ex-deputado federal e agora superintendente da Sudene, Danilo Cabral, do PSB, que perdeu as eleições do governo estadual para a governadora Raquel Lyra (PSDB) foi muito bem recebido pela parte socialista dos presentes.
Já a governadora recebeu leves vaias, mas que não prosperaram como no lançamento do PAA, no Geraldão, quando Lula repreendeu o público pela manifestação. Por sua vez, Raquel Lyra alertou o presidente Lula sobre a situação precária das estradas, rodovia que seria utilizada pelo presidente no caminho para uma próxima agenda no município de Paulista. A governadora respondeu à altura, pediu unidade e anunciou que o Governo de Pernambuco vai tomar empréstimo junto ao Banco do Brasil no valor de R$ 911 milhões.
Já o prefeito João Campos destacou a nacionalização do Compaz, que foi desenvolvido no governo de Eduardo Campos, pai do prefeito. “O Compaz é um exemplo de política pública que mostra que é possível transformar vidas e construir sonhos através das boas escolhas de um gestor ou gestora que está à frente das decisões. Esse equipamento foi premiado pela ONU como o espaço que apresenta a maior capacidade de redução das desigualdades sociais. E hoje temos a grande alegria de estar conversando com o Ministro Flávio Dino, que pretende junto com o presidente Lula, construir equipamentos desta magnitude no Brasil inteiro”, declarou o prefeito João Campos.
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