
O vapor Benjamim Guimarães, única embarcação movida a rodas de pás em funcionamento no Brasil, retomará suas atividades no dia 28 de abril, nas águas do Rio São Francisco, em Minas Gerais. Construído em 1913 nos Estados Unidos e trazido ao país em 1920, o barco é um patrimônio histórico tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) desde 1985 e sua ativação estimulará o turismo pelas águas do Velho Chico.
A embarcação passou por um extenso processo de revitalização que contemplou reparos estruturais, modernização de equipamentos de segurança e atualizações necessárias para o cumprimento das exigências da Capitania dos Portos. As ações foram realizadas pela Prefeitura de Pirapora, em parceria com o governo federal, por meio do Ministério da Cultura e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O projeto de recuperação do vapor integrou o Programa de Preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro e teve como foco preservar as características originais da embarcação, como as rodas laterais de propulsão a vapor, mantendo viva a memória da navegação fluvial no país.
A reativação do Benjamim Guimarães é vista como um marco para a valorização cultural e para a promoção do turismo no norte de Minas Gerais. Segundo o Ministério da Cultura, a retomada das operações representa não apenas a preservação de um bem histórico, mas também a criação de novas oportunidades econômicas, especialmente para os setores de turismo, artesanato e comércio local.
Navegação no Rio São Francisco
Durante o evento de relançamento, serão apresentados detalhes das rotas turísticas que o vapor realizará em roteiros especiais de navegação pelo Rio São Francisco, reforçando a identidade cultural da região e proporcionando novas experiências aos visitantes.
O vapor Benjamim Guimarães é considerado um símbolo da história da navegação brasileira e da importância econômica do Velho Chico para a integração de comunidades ribeirinhas. Sua operação regular foi interrompida na década de 1990, sendo posteriormente mantido apenas para eventos e passeios turísticos esporádicos.
A volta definitiva da embarcação é fruto de uma articulação entre diferentes esferas do poder público, visando fortalecer o turismo cultural e promover a recuperação da memória ferroviária e fluvial do país.
*Com informações da Agência Gov
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