Assespro lança manifesto contra apagão de mão de obra no setor de TIC

A área de TI deve demandar cerca de 450 mil profissionais até 2024, segundo dados do Banco Mundial A Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação – Federação Assespro lançou um manifesto em defesa de políticas públicas que contribuam para evitar o apagão de mão de obra no setor. O manifesto é […]

A área de TI deve demandar cerca de 450 mil profissionais até 2024, segundo dados do Banco Mundial

A Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação – Federação Assespro lançou um manifesto em defesa de políticas públicas que contribuam para evitar o apagão de mão de obra no setor. O manifesto é resultado da reunião do Conselho de Administração da entidade, ocorrido ontem (01), em comemoração aos 45 anos da entidade.

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A área de TI deve demandar cerca de 450 mil profissionais até 2024, segundo dados do Banco Mundial. O número se contrapõe à baixa quantidade de formação de mão de obra anual, o que  alerta para o risco de crescente demanda não suprida por profissionais de TI.

Para Ítalo Nogueira, presidente da Federação Assespro, este é um dos principais desafios do setor nos próximos anos. “A crescente demanda de profissionais de Tecnologia da Informação (TI), observada em todo o mundo ainda antes do início da pandemia, se acelerou ainda mais durante o período da pandemia de covid-19. É preciso que em meio a um ano eleitoral que se aproxima, caminhos sejam apontados e soluções propostas para que esse temido problema não ameace a atuação de nossas empresas”, afirma.

Ítalo Nogueira (no centro), presidente da Assespro

Reunindo mais de 2.500 empresas de software e serviços de tecnologia em 19 estados do Brasil, a Federação Assespro diz, em seu manifesto que em 2018, o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou um acórdão com base em demanda gerada pelo SEBRAE Nacional, que apontava necessidade de auditoria operacional nos Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e outros para identificação dos atores, políticas, iniciativas e arranjos institucionais, bem como os fatores que contribuem para o persistente baixo posicionamento do Brasil nos rankings de inovação.

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Foi constatado, então a ausência de estrutura de coordenação das políticas federais de fomento à inovação, bem como falhas na estratégia nacional e no monitoramento e avaliação das políticas federais. “Constatamos que, infelizmente, a situação descrita em 2018, permanece inalterada quanto às estratégias nacionais, e as iniciativas já existentes foram seriamente afetadas pelos seguidos cortes orçamentários”, diz o manifesto.

“Com a demanda e disputa crescente dos recursos humanos disponíveis, a Federação Assespro manifesta sua profunda preocupação do país sofrer um apagão de recursos humanos para o setor de Tecnologia da Informação (TI), conclamando a que todos os níveis de governo, executivos e legislativos, empresas públicas e privadas se unam urgentemente para implementar políticas públicas que evitem essa situação catastrófica. Esse cenário se vê agravado pelo fato de que o chamado ‘bônus populacional’ (nome dado ao superávit de novos entrantes no mercado de trabalho em relação aos que dele saem por aposentadoria, doença ou falecimento) já não existe: o rápido envelhecimento da população brasileira se constitui em mais um agravante. Acreditamos firmemente tratar-se do maior desafio experimentado pela Assespro em seus 45 anos de existência”.

A entidade prossegue com recomendações para educação, sugerindo que “A melhoria da educação deve passar necessariamente pelo fortalecimento do ensino das disciplinas STEM (abreviatura oriunda das palavras em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática), de gestão financeira e empreendedorismo, desde as escolas de ensino fundamental até os cursos de graduação”.

Conselho de Administração da Assespro se reuniu em Brasília/Foto: Assespro

Para a entidade, os recursos humanos capazes de atender as demandas do Setor de TI e realizar projetos de inovação “precisam de uma educação de qualidade muito superior àquela ofertada na maioria das escolas do país, efetivamente alijando uma parcela significativa da população das oportunidades do Setor de TI e da Inovação”. A Assespro também propõe a criação de uma cultura entorno da TI e da Inovação, bem como a criação de uma infraestrutura nacional de inovação.

Diante disto, para 2022, uma das metas da entidade é reforçar o investimento em inovação através da Assespro Invest, pool de investimento-anjo formado pela Federação Assespro e a Bossa Nova Investimentos. Além de concluir o investimento em 10 startups na primeira fase do programa, a Assespro Invest deve iniciar uma segunda fase, com investimento entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões.

Criada em 2020, a Assespro Invest tem como principal objetivo conectar a experiência de venture capital voltado a pequenos e médios negócios  a empreendedores da área de TI, aproximando-os da efervescente cena de investimentos em startups.

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